Jorge Jesus: “Vamos a Vizela virar a página”

Treinador do Benfica lembrou que o adversário da Champions é praticamente a selecção alemã, mais o melhor avançado do planeta e ainda dois campeões mundiais pela França, pelo que as marcas da derrota europeia não deverão afectar a equipa no regresso à Liga.

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LUSA/ANTONIO COTRIM

Jorge Jesus relativizou este sábado, em conferência de imprensa de antevisão do encontro da nona jornada da I Liga, em Vizela, a derrota do Benfica na Liga dos Campeões, frente a um Bayern Munique “de outra dimensão”, admitindo que depois de uma entrada imaculada na época, a derrota na Luz, com o Portimonense, o empate com o Trofense, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal (resolvida no prolongamento), e o desaire com os alemães reflecte a pior fase das “águias” em termos de resultados.

O treinador do Benfica tentou levar a conferência para o jogo do campeonato, com o Vizela, adversário que ainda não perdeu na qualidade de visitado, mas o Bayern Munique acabou por dominar grande parte do encontro com os Media. Em relação ao Vizela, para além dos elogios de circunstância e dos cuidados a ter depois de um golpe no orgulho, Jorge Jesus classificou a partida de difícil, como todas na liga portuguesa.

O treinador recorreu, inclusive, ao ranking português para reforçar a posição do campeonato entre os seis melhores da Europa, “sinal evidente de equilíbrio e qualidade. O Vizela não perde há cinco jogos e é uma equipa muito competitiva e organizada”, concedeu, reforçando que as marcas da derrota na Champions acabam por ser positivas, apesar do resultado.

"Perder é sempre negativo. Mas o Bayern Munique é uma equipa diferenciada, com sete titulares da selecção alemã, para além de ter o melhor avançado do mundo", enfatizou, lembrando que tem ainda dois internacionais franceses... campeões do Mundo.

Jorge Jesus pretende, naturalmente, "virar a página frente ao Vizela, para continuar na liderança do campeonato”, tendo salientado a importância da recuperação física, mais do que a psicológica, já que perder, apesar dos números, frente a um adversário “fora da caixa para qualquer equipa do mundo” não pode ser um trauma.

Consciente dos problemas que qualquer treinador a este nível enfrenta relativamente à rotatividade e gestão do plantel, Jesus considera que não foi por questões físicas ou de intensidade que o Benfica quebrou nos últimos 15 minutos frente ao Bayern, até porque o primeiro golo surgiu de livre directo e o segundo foi um autogolo. A partir daí é simples explicar o resultado com a desilusão. Mas, psicologicamente, Jesus insiste que não há sequelas.

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