Marido de Agnes Tirop admitiu assassínio da atleta queniana

Numa nota deixada em casa, Ibrahim Rotich fala numa relação “cheia de lutas”.

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Agnes Tirop DR

Ibrahim Rotich admitiu, numa nota deixada em sua casa, ser o assassino da mulher, Agnes Jebet Tirop, recordista mundial dos 10.000 metros de atletismo de estrada, assumindo o crime como o desfecho de uma relação atribulada.

“Agora, temos provas esmagadoras para confirmar o assassinato. O laudo da autópsia e a nota de confissão do suspeito, bem como a descoberta das armas que mataram a atleta – uma faca e uma clava de madeira –, são provas fortes”, disse Andolo Munga, das forças policiais.

Segundo as autoridades quenianas, na carta, Rotich assegurava que a relação era “cheia de lutas” e daí tinha resultado a “decisão de acabar com a vida” da mulher, de 25 anos.

No dia 13 de Outubro, as autoridades encontraram o corpo sem vida de Tirop no interior da sua casa, situação que deixou consternado o país e a comunidade do atletismo internacional. No dia seguinte, o marido, principal suspeito, foi apanhado a centenas de quilómetros da casa, em Mombaça, “enquanto tentava fugir da justiça”.

A irmã de Tirop, Evelyin Jepngetich, revelou aos media quenianos que Agnes tinha sofrido várias vezes maus tratos do marido nos últimos meses, o que a levou “a refugiar-se no centro de treinos” da selecção de atletismo do Quénia.