Do que estaríamos a falar se não falássemos de eleições antecipadas?

Este estado de coisas interessa ao Governo, que assim não tem de dividir as suas decisões estratégicas com mais ninguém.

Que o país esteja a falar de eleições antecipadas, a meio da legislatura e mal saídos de uma crise pandémica, económica e social é uma manifestação de um falhanço das elites políticas, tanto no Parlamento como no Governo. Mas não teria sequer sido necessário ao Presidente da República mencionar a possibilidade de eleições antecipadas para que nos apercebêssemos da sua inevitabilidade caso não haja um Orçamento para 2022 aprovado: o país não pode, em ano de pós-pandemia, viver com os duodécimos de um Orçamento de pandemia; e não executar os fundos europeus, nem os transferir às autarquias, seria imperdoável nesta fase que se espera seja de recuperação.

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Que o país esteja a falar de eleições antecipadas, a meio da legislatura e mal saídos de uma crise pandémica, económica e social é uma manifestação de um falhanço das elites políticas, tanto no Parlamento como no Governo. Mas não teria sequer sido necessário ao Presidente da República mencionar a possibilidade de eleições antecipadas para que nos apercebêssemos da sua inevitabilidade caso não haja um Orçamento para 2022 aprovado: o país não pode, em ano de pós-pandemia, viver com os duodécimos de um Orçamento de pandemia; e não executar os fundos europeus, nem os transferir às autarquias, seria imperdoável nesta fase que se espera seja de recuperação.