Itália: a hegemonia eleitoral da direita deixa de ser fatal

As eleições locais italianas tornaram patente a funda divisão da Liga de Salvini. O centro-esquerda venceu nas grandes cidades. Mas a lição principal é outra: a vitória da direita em eleições legislativas deixa de ser inexorável.

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Matteo Salvini, líder da Liga CLAUDIO PERI/EPA

A Itália continua a ser uma caixa de surpresas. A primeira volta das eleições administrativas italianas, no passado domingo, foi marcada por uma forte abstenção, certamente ligada ao clima de emergência criado pela pandemia. Mas deixa uma série de efeitos políticos. Acentuou a divisão interna da Liga, de Matteo Salvini. O conjunto da direita teve um resultado frustrante, perdendo em quase todas as grandes cidades (Milão, Nápoles, Bolonha). A segunda volta, dentro de uma semana, deverá confirmar as vitórias da esquerda em Roma e Turim. A grande novidade será, no entanto, outra: os politólogos começam a pôr em causa a hegemonia da direita nas futuras eleições legislativas.

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