Preso por ter cão e por não ter…

No CDS parece haver quem queira demitir o treinador que encontrou o clube no fundo da tabela, sem verbas para grandes contratações, mas que conseguiu dar a volta por cima e alcançar alguns êxitos.

Um líder partidário é normalmente avaliado pelos resultados eleitorais alcançados, tal como um treinador de futebol, mas no CDS parece haver quem queira demitir o treinador que encontrou o clube no fundo da tabela, sem verbas para fazer grandes contratações ou sequer proporcionar as condições de trabalho exigíveis à sua equipa e que surpreendentemente conseguiu dar a volta por cima e alcançar alguns êxitos.

Vamos aos factos, Francisco Rodrigues dos Santos após ter sido eleito presidente do CDS confrontou-se com uma pandemia que o impediu de ir para o terreno dar-se a conhecer, uma vez que não tinha lugar no Parlamento. Mas para mal do CDS, deparou-se ainda com outra pandemia, esta localizada no interior do partido e que boicotou o trabalho da actual direcção sistematicamente, sem dó nem piedade.

Francisco Rodrigues dos Santos encontrou o partido numa situação financeira dificílima que a oposição interna estrategicamente tenta escamotear, mas que esta direcção, e em particular o secretário geral Francisco Tavares, com arte, engenho, empenho e credibilidade têm conseguido debelar de forma exemplar. Não é correcto desvalorizar este facto, como não é correcto que a culpa morra solteira só porque muitos dos responsáveis pelo declínio financeiro do partido fazem parte do grupo que tanta oposição interna tem feito a esta direcção.

Os resultados eleitorais da actual liderança do CDS têm sido francamente positivos, senão vejamos: nas eleições regionais dos Açores o CDS teve um bom resultado e faz parte do governo, nas eleições presidenciais o CDS apoiou o candidato que venceu as eleições contra a vontade da oposição interna. Agora, nestas eleições autárquicas manteve as seis câmaras municipais que tinha, só que agora todas com maioria absoluta. O PSD e o CDS juntos governam mais do dobro das câmaras do que em 2017, entre elas oito capitais de distrito, incluindo Lisboa. O CDS tem muitos mais autarcas eleitos eleitos do que em 2017 e acima de tudo o partido passou a ter uma maior implantação local que é imprescindível para poder crescer sustentadamente.

Hoje, é claro para todos que a oposição interna no CDS, em vez de enaltecer o trabalho de milhares de militantes que trabalharam em candidaturas autárquicas do partido em todo o país, opta por tentar passar a mensagem de que o resultado do partido foi sombrio…

Em jeito de conclusão, volto à analogia futebolística: um treinador que em circunstâncias muito difíceis consegue alcançar êxitos, terá sempre o apoio e gratidão da massa associativa. Portanto, todos já percebemos que o Francisco será sempre preso por ter cão e por não ter, mas apenas e só para a oposição interna.

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