Quando a felicidade cria uma importante profissão

As pessoas tendem a dar mais importância às organizações que se preocupam com as questões pessoais e psicológicas dos seus colaboradores. Para melhorar os seus resultados, muitas delas já contratam profissionais especializados, os chamados chief happiness officer.

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Uma das questões para as quais as novas gerações de gestores mais se debruçam é perceber como podem as suas organizações serem de facto mais produtivas, estudando e implementando políticas/práticas de bem-estar pessoal dos seus colaboradores.

A troca de ideias sobre a concepção de um projecto ou de um produto pode gerar conflitos internos indesejáveis com custos incalculáveis às organizações. O valor da remuneração e/ou alguns subsídios que a entidade pode oferecer já não são bastantes para, por exemplo, reter talentos.

A felicidade no espaço onde se gasta a maioria do nosso tempo pode ser um factor de sustentabilidade das organizações, potencializando assim o aumento da produtividade. Se olharmos para um dos mais recentes estudos sobre o tema, vemos que os trabalhadores felizes faltam menos 36%, têm menos 45% de vontade em mudar de empresa e sentem-se 9% mais produtivos. Os dados são revelados pelo Happiness Workshop 2021.

A expressão “felicidade organizacional” tem vido a ganhar cada vez mais força e hoje é fonte de preocupação por parte dos investidores. O momento agora é outro e as pessoas tendem a dar mais importância às organizações que se preocupam com as questões pessoais e psicológicas dos seus colaboradores. Para melhorar os seus resultados, muitas delas já contratam profissionais especializados, os chamados chief happiness officer (CHO).

A toxicidade laboral que interfere directamente no indivíduo dissemina-se, o ambiente fica pesado, e a falta da comunicação ou mesmo à má comunicação são alguma das aéreas de intervenção do CHO. Este profissional procura articular o diálogo entre todos e acabará por encontrar uma solução que possa agradar ao grupo de trabalho.

Os novos gestores não herdaram, e bem, a velha máxima que os problemas pessoais dos colaboradores ficam fora da porta da empresa. É claro que, nos dias de hoje, a vida pessoal está directamente ligada à vida profissional e um verdadeiro CHO, atento, tentará por todos os meios desenvolver mecanismos que possam transformar e equilibrar as várias competente da vida de todos.

Muitos podem afirmar que tudo isto é mais uma moda, desvalorizando o papel destes recentes profissionais. Mas se todas as estruturas empresariais procuram cada vez mais o desenvolvimento tecnológico, de nada lhes vale o investimento, se não fizerem uma forte aposta nas áreas mais pessoais dos colaboradores. Muitas vezes, em questões laborais, a essência não reside na remuneração, mas sim na alegria e na vontade de ser segunda-feira.

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