Wolfgang Merkel: “O próximo governo da Alemanha vai ser menos estável e ter mais conflitos”

As eleições federais deste domingo na Alemanha são das mais imprevisíveis dos últimos anos. Com a saída de Angela Merkel do poder e uma grande variedade de coligações possíveis, há muita indecisão entre um eleitorado que tradicionalmente “gosta de reeleger chanceleres”, observa Wolfgang Merkel. Para este cientista político, “o voto estratégico vai ser maior nesta eleição do que em qualquer votação anterior” na Alemanha, onde, há uma semana, se estimava que 40% dos eleitores ainda não tinha decidido em quem votar.

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David Ausserhofer

Wolfgang Merkel é director jubilado do Centro de Ciências Sociais de Berlim (WZB), onde continua a ser investigador, professor reformado da Universidade Humbolt, também de Berlim, e investigador principal do Instituto de Democracia da Universidade Centro-Europeia, em Budapeste. Especializou-se no estudo da social-democracia, qualidade de democracia e democratização, e foi consultor dos então chefes de governo britânico Tony Blair, alemão Gerhard Schröder e espanhol Rodriguez Zapatero. Este reputado cientista político admite que “sofre” com o SPD, o partido de Olaf Scholz, que na sua opinião foi “a pessoa certa, no local certo, no momento certo” para levar o partido a subir dez pontos percentuais nas sondagens em poucos meses. Se esta subida é volátil ou um “novo normal” para um partido que já andou nas ruas da amargura, ainda é demasiado cedo para saber. Para Wolfgang Merkel, certo é que “o voto estratégico vai ser maior nesta eleição do que em qualquer votação anterior”.

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