Ontem saiu o disco, hoje há concerto: Fred encerra o Casa da Cerca 2021 com Madlib

Cabe a Fred Ferreira, baterista e produtor, encerrar este ano o ciclo Há Música na Casa da Cerca, em Almada. E vai estrear um disco lançado no dia anterior, Madlib. Este sábado, às 18h, com entrada livre. Ou no Facebook do PÚBLICO, no dia 2 de Outubro.

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Fred Ferreira VERA MARMELO

O disco acaba de sair e vai ser apresentado ao vivo, em estreia absoluta, no último dos Concertos ao Pôr do Sol que desde Março têm vindo a decorrer no ciclo Há Música na Casa da Cerca. Fred Ferreira, baterista e produtor associado a projectos como Orelha Negra, Banda do Mar ou Buraka Som Sistema, vai mostrar em Almada como soa o seu segundo álbum, Series Vol.1– Madlib. Será este sábado às 18h, no Anfiteatro do Jardim Botânico e será filmado, como tem sido habitual, para transmissão posterior. A entrada é livre, sujeita a uma lotação de 50 pessoas. Quem não puder assistir, terá a possibilidade de ver o registo do concerto no Facebook do PÚBLICO, no dia 2 de Outubro, às 18h.

Na estreia a solo de Fred, em 2019, escreveu Mário Lopes no PÚBLICO sobre esse primeiro disco: “O Amor Encontra-te no Fim é uma viagem intimista que não esconde o desejo de partilha. Na estreia a solo, Fred Ferreira, baterista e produtor associado a Orelha Negra, Banda do Mar ou Buraka Som Sistema, entre muitos outros, cria um álbum viagem que imaginamos montado de madrugada, mundo silencioso a toda a volta.”

Agora, na apresentação de Madlib, escrevem os promotores que, nele, “Fred faz uma espécie de tributo a Madlib – aka Otis Jackson Jr. – o grande mestre da produção, um decantador do som. Na gravação do disco rodeou-se de um ensemble de luxo, um quarteto de experimentados músicos de jazz que o levaram a encontrar novas formas de vida na criação e a dar um esforço extra à execução. São eles: Eduardo Cardinho no vibrafone; Tomás Marques no saxofone; Márcio Augusto no baixo; e Karlos Rotsen no piano e teclados. Juntos conferem a Series Vol.1 – Madlib uma dimensão de novo-jazz.”

A acompanhar o lançamento, há também um texto do jornalista Bruno Martins, onde ele refere que essa dimensão está patente logo em MHB, o tema que abre o disco, ou Road of the lonely ones, o primeiro single a ser extraído de Madlib, com tanto de impactante como de delicado que, mesmo sendo uma das últimas criações de Madlib, recebe das mãos de Fred e companhia um polido retratamento, aqui em ambientes jazz-electrónico”.

E, mais adiante, observa: “Se é verdade que em Madlib o baterista foi obrigado a esforço extra para corresponder à novidade da imprevisibilidade jazzística, também é verdade que não há nada neste disco que soe a esforçado. Assume-se a cumplicidade: a contagem, em estúdio, dos compassos, das derivações e dos desvios. Logo no início de Julani, faixa 8, ouve-se Fred a avisar os companheiros de sessão: ‘Eu vou começar e depois vocês… fazem o que quiserem.’ Mais suave que isto, mais confiante, era difícil.”

Desenvolvido desde 2015 pela Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, em parceria com a editora e produtora discográfica PontoZurca, este ciclo conclui assim a sua 7.ª edição, realizada em vários espaços da Casa, nos formatos Música nas Exposições e Concertos ao Pôr do Sol. Iniciada em Março, com um concerto por mês, actuaram ao longo de 2021 Bernardo Couto e Martín Sued, Braima Galissá, Victor Zamora e Sexteto Cuba, Lula Pena, Amaura e o Lisboa String Trio, fechando agora com Fred.

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