Autoridades chinesas intensificam luta contra criptomoedas

Reguladores prometem acabar com as actividades de mineração, limitando todas as actividades consideradas “ilegais”.

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Reuters/DADO RUVIC

As autoridades chinesas deram esta sexta-feira um novo sinal de que pretendem intensificar a sua luta contra a utilização, transacção e criação de criptomoedas no país, prometendo acabar com o que dizem ser actividades “ilegais”.

Num comunicado publicado em simultâneo por dez entidades reguladoras chinesas, incluindo o banco central, é assumido o objectivo de aumentar a pressão sobre todos os movimentos relacionados com criptomoedas. 

De acordo com a agência Reuters, as autoridades salientam que as criptomoedas não podem circular nos mercados como as divisas tradicionais, que as instituições financeiras não podem permitir a sua transacção, que os mercados situados fora do país não podem fornecer serviços a investidores chineses e que toda a mineração de criptomoedas está proibida. 

Esta é a acção mais decidida das autoridades reguladoras desde que, em Maio, o governo chinês prometeu combater a utilização das criptomoedas para limitar os riscos que os investidores podem correr nos mercados.

A reacção nos mercados não se fez esperar com o valor das diversas divisas digitais - e a cotação das empresas que as transaccionam e que permitem a sua criação - a registarem quedas. O valor da bitcoin, a criptomoeda mais popular, registava esta manhã uma perda de 6% face ao dólar, quando antes do comunicado a descida era de apenas 1%. 

A China tem sido um dos países onde as criptomoedas têm encontrado mais espaço para crescimento. Antes dos limites impostos pelas autoridades, a actividade de mineração de criptomoedas nos países correspondia a mais de metade do total mundial.

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