Moreira quer redução de IMI para “meter mais dinheiro” no bolso dos portuenses

Candidato independente apresentou o seu manifesto eleitoral, que propõe um total de 229 medidas.

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Rui Moreira apresentou o seu manifesto eleitoral com que se recandidata a um terceiro mandato à Câmara do Porto LUSA/ESTELA SILVA

O candidato independente à presidência da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse nesta terça-feira que quer, nos próximos quatro anos, “meter mais dinheiro” no bolso dos portuenses com medidas como a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para os jovens até aos 35 anos.

“A redução de IMI para jovens até 35 anos pelo período de três anos adicionais aos três anos do regime geral. (...) Nós pretendemos alargar a mais três anos e, no caso de jovens com filhos, a isenção será alargada a cinco anos, (...) mais uma vez naquela ideia de reduzir os custos de contexto de quem cá vive”, anunciou Rui Moreira durante a apresentação do seu manifesto eleitoral, que propõe um total de 229 medidas, subdivididas em seis eixos estratégicos: Cultura e Património (1); Economia, Pessoas e Inovação (2); Ambiente, Energia e Qualidade de Vida (3); Urbanismo e Habitação (4); Coesão Social (5) e Mobilidade (6).

O programa eleitoral foi apresentado pelo ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Freire de Sousa, que coordenou o documento estratégico. Já Rui Moreira, que se recandidata a um terceiro mandato, destacou que o documento estratégico agora apresentado “não diverge muito” do que foi pensado há oito anos, quando se candidato pela primeira vez.

“Nós, há oito anos, escolhemos três eixos fundamentais. Dizíamos nós que a cultura era fundamental num triângulo virtuoso com a economia, a criação de emprego e a coesão social. Aquilo que depois juntamos aqui foi a sustentabilidade, que não é apenas a sustentabilidade ambiental, vai muito para além disso, é a sustentabilidade social”, sublinhou.

Para o autarca, a descarbonização já não é “uma opção política”, podendo apenas o poder autárquico decidir sobre o ritmo e a forma como vai ser feita e que terá um impacto determinante na economia das cidades, nomeadamente no Porto que tem um fenómeno de “envelhecimento muito preocupante” e muitas pessoas a viver no limiar da pobreza.

Moreira, que tem vindo a afirmar como uma das suas bandeiras o reforço da qualidade de vida dos portuenses, deixou como compromisso a manutenção da tarifa da água “como uma das mais baixas da região”, salientando, que, em conjunto com outras medidas, este investimento permitirá “meter dinheiro no bolso dos portuenses ou, pelo menos, não lhe tirar dinheiro”.

“Se de facto as famílias gastarem menos dinheiro, com os transportes, com a água, se gastarem menos dinheiro com a educação, aquilo que sobra para as famílias é mais”, declarou.

Entre as medidas Rui Moreira anunciou ainda a intenção de pôr em prática “uma discriminação positiva” no regime de rendas controladas para os jovens que se queiram instalar em determinadas zonas do concelho.

Elencando um conjunto de obras que pretende ver concluídas se reeleito, o autarca reiterou o compromisso de manter a aposta em áreas como a cultura, onde a abertura do Batalha e o projecto de requalificação e ampliação a Biblioteca Municipal têm maior expressão; ou a economia, nomeadamente garantindo a captação de fundos, onde se insere o Plano de Recuperação e Resiliência.

Numa intervenção que antecedeu a do actual presidente da Câmara do Porto, Freire de Sousa descreveu a missão dos próximos quatro anos como a de uma “tranquila revolução” na prossecução de uma cidade organizada, atractiva e qualificada.

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