Moderna está a desenvolver vacina com dupla eficácia: contra a gripe e a covid-19

Empresa espera no futuro conseguir adicionar vacinas para o vírus sincicial respiratório e outras doenças respiratórias numa única injecção anual.

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Vacina da Moderna contra a covid-19 foi aprovada para uso de emergência nos EUA em Dezembro de 2020 Reuters/Mike Segar

A farmacêutica Moderna disse esta quinta-feira que está a desenvolver uma vacina que combina uma dose de reforço contra a covid-19 com uma vacina experimental contra a gripe.

A nova vacina será uma junção da vacina experimental contra a gripe mais avançada, das várias em desenvolvimento pela empresa, com a vacina contra a covid-19, e deve começar os testes clínicos nos próximos seis a 12 meses.

A empresa espera, eventualmente, adicionar mais vacinas nas quais está a trabalhar para o vírus sincicial respiratório (VSR) e outras doenças respiratórias como uma injecção anual.

“Acreditamos que esta é uma grande oportunidade que está à nossa frente, se pudermos trazer ao mercado um reforço anual pan-respiratório de alta eficácia”, disse o CEO da Moderna, Stéphane Bancel. “Acreditamos que a Moderna pode ser a primeira a comercializar esta importante nova oportunidade”, sublinhou.

A Novavax, que ainda não tem autorização de uso de emergência contra a covid-19 nos Estados Unidos, tinha igualmente anunciado na quarta-feira que iniciou um estudo em estágio inicial para testar a vacina combinada contra a gripe e a covid-19. 

A Moderna anunciou também que os ensaios clínicos que estão a decorrer em crianças dos seis meses até aos 11 anos estão a testar uma dose de 50 microgramas. O ensaio pediátrico envolve quatro mil crianças, sendo que ainda está a ser estudada a dose ideal para os grupos etários (dos seis meses aos dois anos e dos dois aos seis anos, por exemplo).

A vacina para adultos, que consiste em duas doses de 100 microgramas para maiores de 18 anos e recebeu autorização para uso de emergência nos Estados Unidos em Dezembro, ainda aguarda luz verde da entidade reguladora norte-americana, a United States Food and Drug Administration (FDA), para utilização em adolescentes. Já a Agência Europeia de Medicamentos autorizou a sua administração em jovens dos 12 aos 17 anos em Julho.

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