Cem anos de PCP: objectos que também falam

Um urso de peluche, um vestido ou uma pedra. Dificilmente se pensaria que estes objectos podem ajudar a conhecer os 100 anos de vida do PCP, mas é isso mesmo que cada um destes objectos faz, num livro lançado esta sexta-feira na Festa do Avante!, e que através de cem objectos resgatados a arquivos oficiais e pessoais nos dá uma outra visão da vida do partido centenário.

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Adriano Miranda

O início da história tem pouco mais de um ano, mas, tal como é contada pelas suas protagonistas, já tem os ingredientes necessários para, com o tempo, ganhar os contornos da matéria de que são feitos os romances. Duas investigadoras do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, sentadas a uma mesa de café em Lisboa, com uma caixa de fósforos por perto, começaram a discutir como objectos tão insignificantes como aquele podem, em determinadas circunstâncias, encerrar histórias extraordinárias. Daí a surgir a ideia de, através de objectos, traçar histórias do Partido Comunista Português, que este ano celebra o seu centenário, foi um passo. A ideia foi transmitida pelo telefone a uma colega do Porto que, de tão entusiasmada que ficou, tratou logo de apanhar um comboio para a capital. Arrancava assim o projecto Vozes ao Alto! 100 Histórias na História do Partido Comunista Português que, esta sexta-feira, foi apresentado na Festa do Avante!.