Bruno Fialho candidata-se à Câmara de Lisboa pelo PDR

Nas eleições mais recentes para a Câmara de Lisboa (2017), a coligação PDR/JPP obteve apenas 809 votos (0,32%), não elegendo nenhum vereador.

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Bruno Fialho LUSA/RODRIGO ANTUNES

O tripulante de cabine Bruno Fialho é o candidato do Partido Democrático Republicano (PDR) à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 26 de Setembro. Em declarações à agência Lusa, Bruno Fialho, que se filiou em 2019 no PDR e foi eleito presidente do partido em 2020, sucedendo a Marinho e Pinto, afirma que decidiu abraçar este desafio com o objectivo de “apresentar ideias concretas para a cidade de Lisboa”, referindo que os outros candidatos “não têm coragem de apresentar ideias”, preferindo “birras de crianças, birras de “outdoors”, com bombas de um lado e de outro”.

O tripulante de cabine lamenta que a capital “só seja aproveitada pelos turistas”, não sendo pensada para os seus residentes, “que são massacrados diariamente com taxas e taxinhas”. “Quem vem trabalhar para Lisboa quase parece que faz uma prova dos antigos jogos sem fronteiras. E isto aqui tem que acabar”, frisa o candidato.

Para Bruno Fialho, “as ciclovias têm de ser remodeladas, praticamente todas anuladas, porque estão a causar enorme problemas a quem reside nos locais onde foram implementadas”.

“Se conseguisse vencer, iria com certeza criar espaço para ciclovias, mas que não interferissem com o direito de os residentes terem qualidade de vida e também de quem vem trabalhar o poder fazer”, sublinha.

Por outro lado, o candidato defende que “um residente não pode pagar EMEL [Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa], seja em que situação for, nem que tenha três, quatro carros”, uma vez que “já é tão sufocado com impostos”.

Outra das prioridades do candidato do PDR prende-se com a segurança nas escolas. Por isso, propõe que sejam contratados polícias municipais especificamente para apoiar a PSP na fiscalização junto aos estabelecimentos de ensino.

Bruno Fialho, de 46 anos, quer também empenhar-se na erradicação das pessoas em situação de sem-abrigo, apontando que “Lisboa não tem feito um bom trabalho” nesta área, assim como “acabar com os graffitis não autorizados e com o lixo gráfico” através de multas pesadas.

Nas eleições mais recentes para a Câmara de Lisboa (2017), a coligação PDR/JPP obteve apenas 809 votos (0,32%), não elegendo nenhum vereador. O partido também não tem representação na Assembleia Municipal.

A Câmara de Lisboa, actualmente presidida por Fernando Medina (PS), é composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

Além de Bruno Fialho, concorrem à Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).

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