A violência da arte escuta-se, em duas exposições na cidade de Madrid

No Museu Reina Sofia, em Madrid, estão duas exposições diferentes, em termos geográficos, históricos e conceptuais. Uma é colectiva e alusiva a uma região determinada. A outra é individual, e indissociável de uma experiência pessoal da qual resultou uma obra. Mas Marginalias de Ida Applebroog e Los enemigos de la poesía: resistencias en América Latina têm uma paisagem comum: aquela marcada pela violência social, política, cultural. Pública e privada.

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Arquivo Fotográfico do Museu Reina Sofía

Há um claro ar do tempo em Madrid. Pouca gente nas artérias e ruas, pessoas que passam com e sem máscara. Alguns turistas debruçados sobre os objectos inteligentes. A sirene de uma ambulância. À entrada dos museus e dos espaços de arte, pequenos grupos de visitantes, disciplinados, aguardam a sua vez para entrar. É assim na Casa Acendida, onde está patente um projecto individual de Jonathan Baldock. E no Museu Reina Sofia, cujos cartazes desfraldam títulos de exposições. Duas salientam-se, num convite discreto aos visitantes, Marginalias de Ida Applebroog (Nova Iorque, 1928), patente até 27 de Setembro. E a partir da colecção do museu, Los enemigos de la poesía: resistencias en América Latina (encerra a 26 de Julho). À partida pouco têm em comum.

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