Bastonário dos Médicos defende substituição de autotestes por testes rápidos de antigénio

“Os autotestes não têm viabilidade e podem dar falsas sensações de segurança, como tem acontecido em várias reuniões familiares e sociais, porque falham bastante”, afirma Miguel Guimarães.

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Paulo Pimenta

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou esta sexta-feira que a utilização de autotestes “não é uma medida adequada” de prevenção e protecção contra a covid-19 e defendeu que devem ser substituídos por testes de antigénio.

“Os autotestes não têm viabilidade e podem dar falsas sensações de segurança, como tem acontecido em várias reuniões familiares e sociais, porque falham bastante. Não é uma medida adequada”, disse à margem do XIII Congresso Nacional do Mutualismo.

O bastonário afirmou que apesar de as medidas anunciadas na quinta-feira pelo Governo serem “adequadas”, a utilização dos autotestes “não é ajustada”. “O teste antigénio rápido já foi legislado pelo Governo, de que havia comparticipação a este teste. É este teste que as pessoas devem usar”, aconselhou.

A par do teste rápido de antigénio, o bastonário lembrou ainda que os testes PCR dão garantias de que “a pessoa não está infectada durante algum tempo, cerca de dois a três dias” e lembrou a importância do certificado digital covid-19.

Os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado vão passar a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 19h às sextas-feiras e aos fins-de-semana e feriados, para refeições no interior. A medida, aprovada ontem em Conselho de Ministros, aplica-se apenas apenas às mesas no interior dos restaurantes, referiu a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva, que esclareceu que a nova exigência só começará a ser aplicada a partir das 15h30 de amanhã.

A medida aplica-se apenas ao fornecimento de refeições no interior dos restaurantes, deixando de fora as pastelarias e cafés, assim como as refeições servidas em esplanadas.

São quatro as tipologias de testes aceites pelas autoridades de saúde: os PCR e antigénio com resultado laboratorial (contemplados no certificado digital covid-19) e também os autotestes feitos presencialmente (à entrada do estabelecimento) ou perante um profissional de saúde (nas farmácias, por exemplo).

Para agilizar o acesso aos autotestes, estes vão passar a ser vendidos no retalho alimentar, como supermercados.

Também o acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local em todo o território continental vai passar a estar sujeito à existência de certificado digital ou teste negativo por parte dos clientes.

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