Missão militar da UE em Cabo Delgado será oficializada na segunda-feira

A missão, comandada pelo brigadeiro-general Nuno Lemos Pires, visa ajudar as forças armadas de Moçambique “a devolver a segurança” à província do Norte.

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Campo de deslocados em Cabo Delgado Paulo Pimenta

A União Europeia vai oficializar na segunda-feira a nova missão militar europeia em Moçambique para ajudar as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas na luta contra o jihadismo em Cabo Delgado. A missão será comandada pelo brigadeiro-general português Nuno Lemos Pires.

O Conselho de Assuntos Exteriores da UE dará oficialmente luz verde ao lançamento da operação de treino militar, segundo informaram fontes comunitárias à Europa Press. As fontes explicam que o brigadeiro-general Lemos Pires vai liderar a operação no terreno, e contará com a coordenação de Bruxelas através do director-geral do serviço militar da União Europeia, o vice-almirante Hervé Bléjean.

O mandato da nova operação inclui o treino das forças especiais moçambicanas para fazer frente à actividade jihadista. “Vai ser apoiada a capacitação de unidades moçambicanas para ajudar as forças armadas nacionais a devolver a segurança a Cabo Delgado, em cumprimento com os direitos humanos e o Direito Internacional Humanitário”, indicaram as fontes consultadas sobre o objectivo da missão.

Fica por definir o número de efectivos que a UE vai enviar para o terreno, ainda que Portugal se tenha comprometido a enviar metade dos militares e tenha afirmado que vários Estados membros apoiam a missão.

Desde Outubro de 2017 que Cabo Delgado é palco de ataques de grupos islâmicos conhecidos como Al-Shabaab, sem relação com o grupo homónimo que opera na Somália e que mantém laços com o Al-Qaeda. Desde meados de 2019 que os ataques são reivindicados na sua maioria pelo Estado Islâmico na África Central, que intensificou os seus ataques a partir de Março de 2020.

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