Emiliano Martínez brilha nos penáltis e coloca Argentina na final

A final da Copa América será sábado, no Maracanã e contra o Brasil. A Argentina tem, assim, mais uma possibilidade para acabar com uma “seca” que dura desde 1993.

Foto
LUSA/FERNANDO BIZERRA

O guarda-redes Emiliano Martínez foi na terça-feira o “herói” da Argentina, ao parar três colombianos no desempate por penáltis (3-2) e colocar a formação de Lionel Messi na sonhada final da Copa América em futebol com o Brasil.

Depois de uma igualdade a um nos 90 minutos, o dono da baliza do Aston Villa brilhou na “lotaria”, ao defender os remates de Davinson Sánchez, Yerry Mina e Edwin Cardona, contra nenhuma defesa de Ospina - Rodrigo de Paul atirou por cima.

A Argentina acaba por justificar o apuramento pelo que fez no arranque, ganhando vantagem com um golo de Lautaro Martínez, aos sete minutos, o terceiro na prova, após assistência de Messi, e na parte final, em que poderia ter marcado duas vezes segundo.

Os colombianos foram, ainda assim, globalmente melhores na segunda metade, muito pela acção do portista Luis Díaz, que perturbou a defensiva argentina com a sua velocidade e foi premiado aos 61 minutos com o golo da igualdade.

Do lado argentino, destaque também para Messi, que, além da quinta assistência na prova, fez mais dois passes de golo para Nicolás González (quatro e 44 minutos) e atirou ao “ferro” (81), e também para Di María, cuja entrada em jogo, aos 67, foi determinante para devolver o comando à “albi-celeste”.

Na final de sábado, no Maracanã e contra o Brasil, a Argentina tem, assim, mais uma possibilidade para acabar com uma “seca” que dura desde 1993 e igualar os 15 ceptros do Uruguai, enquanto Messi tem nova oportunidade para ganhar pela sua selecção, na que será a sua quarta final na prova, às quais acrescenta uma do Mundial.

Em relação aos jogos dos “quartos”, Lionel Scaloni procedeu a duas alterações, trocando Acuña e Paredes por Tagliafico e Guido Rodríguez, enquanto Reinaldo Rueda mudou apenas uma peça, com Cuadrado a entrar, após castigo, e Muriel a sair.

A formação argentina entrou muito bem, com Messi a fazer uma grande jogada na direita, logo aos quatro minutos, e a centrar, de pé direito, para o cabeceamento ao lado de Nicolás González.

O golo não tardou, chegando logo aos sete minutos: Lo Celso encontrou na área Messi, que, de costas para a baliza, trabalhou bem perante Yerry Mina e solicitou Lautaro Martínez, que marcou com classe de pé direito.

Na jogada imediata, aos oito minutos, a Colômbia poderia ter restabelecido a igualdade, num remate de Cuadrado, servido pelo portista Luis Díaz, que Emiliano Martínez defendeu.

Este lance não teve, porém, seguimento, com o encontro a entrar num período de muitas faltas e constantes paragens, do qual só se saiu aos 37 minutos, com duas bolas consecutivas dos colombianos aos “ferros” da baliza argentina.

Barrios rematou de fora da área, com a bola a desviar em Lo Celso e a bater no poste esquerdo, seguindo-se um canto na direita, na sequência do qual Yerry Mina cabeceou à barra.

Na parte final da primeira parte, a última “palavra” foi da Argentina, com Messi a fazer mais um passe “mortal”, desta vez na marcação de um canto na esquerda, com Nicolás González a cabecear para uma defesa muito complicada de Ospina.

Para a segunda parte, Rueda lançou Cardona, Farra e Chará, em vez de Borré, Tesillo e Cuellar, enquanto Scaloni mudou de lateral direito (Molina por Montiel).

A Colômbia entrou mais ofensiva e começou a ameaçar, primeiro por Luis Díaz (48 minutos), depois por Zapata, em dose dupla (52) e ainda por Miguel Borja (60), instantes depois de entrar.

Aos 61 minutos, os “cafeteros” conseguiram mesmo restabelecer a igualdade, com Cardona a lançar a velocidade de Luis Díaz, que, sobre a esquerda, ganhou a Pezzella e, já em queda e sem grande ângulo, conseguiu bater o guarda-redes argentino.

Scaloni, que já tinha trocado Lo Celso por Paredes, fez entrar Di María, retirando Nicolás González, e o impacto do ex-jogador do Benfica foi quase imediato, devolvendo o comando do encontro à formação “albi-celeste”.

Dos pés de Di María saíram duas enormes oportunidades, com passes para Lautaro Martínez, já sem guarda-redes pela frente, atirar para o corte de Barrios, aos 73 minutos, e para Messi rematar ao poste direito de Ospina, aos 81.

Até ao final, um passe de Messi para Tagliafico e um livre do “10” ainda criaram emoção, mas a decisão foi mesmo para os penáltis, que começaram com as “estrelas” a acertar, primeiro Cuadrado e logo a seguir o “capitão” argentino.

Depois, começou o “festival” Emiliano Martínez, que, sempre a falar, parou os remates dos centrais Davinson Sánchez e Yerry Mina. Pelo meio, Rodrigo de Paul atirou para as “nuvens”, mas mais nenhum argentino falhou e nem foi possível marcar o 10.º, porque o guarda-redes dos “villans” deteve o nono, de Cardona.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários