Costa diz que fez teste dez dias depois do contacto de risco e deu negativo - e que regra é assim para toda a gente

O primeiro-ministro teve contacto com duas pessoas infectadas com o SARS-CoV-2 e fez vários testes que deram negativo.

António Costa regressou nesta segunda-feira de manhã aos eventos presenciais marcando presença na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação para o metro ligeiro de superfície entre Loures e Odivelas, no Parque Adão Barata, Loures.

Questionado pelos jornalistas sobre o tempo que esteve em isolamento, uma vez que passou apenas uma semana desde que foi anunciado a sua quarentena, o primeiro-ministro explicou que cumpriu as ordens das autoridades sanitárias e que, depois de 10 dias contados sobre o contacto de risco com o seu homólogo do Luxemburgo no Conselho Europeu, “foi feito um teste e deu negativo”. Questionado sobre se esta é a regra aplicada a todas as pessoas, respondeu apenas “presumo que seja”, quando já seguia caminho para a apresentação do projecto, dentro de uma tenda.

O isolamento de António Costa determinado pela autoridade de saúde foi questionado pelo Presidente da República na passada semana, uma vez que o primeiro-ministro já tem a vacinação completa há muitas semanas e que fizera um teste três dias depois do contacto com Xavier Bettel que dera negativo.

Questionado sobre se as regras da DGS para estas situações têm sido bem explicadas de forma a que a população não as desvalorize, António Costa respondeu com alguma dureza: “Se acham que está mal explicado, ajudem a explicar.” Acrescentando a seguir: “E como nenhum de nós é técnico, aquilo que temos que fazer é aceitar a opinião dos técnicos. Às vezes não gostamos, claro que não gostamos, mas temos que a seguir.”

Pouco antes, o primeiro-ministro já havia vincado que não gostara da situação. “Se me está a perguntar se eu fiquei feliz por ter que estar mais dez dias confinado, claro que não fiquei feliz. Se percebo? Percebo qual é o racional: As vacinas garantem uma protecção mas não protecção a 100%, ou seja, há uma pequena percentagem de pessoas a quem a vacina não protege e evidentemente as autoridades têm que garantir este afastamento permanente porque podemos estar nos 97% que estão protegidos ou podemos estar nos 3% que não estão protegidos. Portanto, quando não estamos protegidos, isso é um perigo para nós e também para os outros porque transmitimos o vírus aos outros.”

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