Paulo, o coleccionador de eléctricos em tamanho real

Em 1996 Paulo Marques adquiriu o primeiro eléctrico. Hoje, a sua colecção conta já com 13. Com o sonho de criar um museu, Paulo, em conjunto com o filho e um amigo, restaura os veículos que se tornaram o postal da cidade.

coleccao,electricos,local,
Fotogaleria
Paulo Marques perto de um dos eléctricos da sua colecção, no Carregado REUTERS/Pedro Nunes
,Transporte
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
coleccao,electricos,local,
Fotogaleria
Paulo Marques, o coleccionador REUTERS/Pedro Nunes
Fotogaleria
Um dos eléctricos nos carris que Paulo instalou REUTERS/Pedro Nunes
coleccao,electricos,local,
Fotogaleria
Dois dos eléctricos que Paulo comprou REUTERS/Pedro Nunes
coleccao,electricos,local,
Fotogaleria
Uma janela de um eléctrico que necessita ser restaurada REUTERS/Pedro Nunes
Carro
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
,Trem
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
Trânsito rápido
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
Carro
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES
Transporte ferroviário
Fotogaleria
Reuters/PEDRO NUNES

Ninguém diria que no interior de um armazém, no Carregado, estão guardados 13 eléctricos. Dos verdadeiros O dono é Paulo Marques, um apaixonado pelo transporte amarelo que se tornou num dos postais da capital. 

Foi em 1996 que adquiriu o primeiro. “Quando comprei o primeiro eléctrico as pessoas não quiseram muito saber, mas agora há mais respeito”, afirma. Hoje junta grupos de curiosos que desejam visitar a colecção, mas mantém a localização secreta, para evitar que lhe roubem o equipamento.

Mas a missão de Paulo vai além da simples compra de eléctricos que já não estejam em circulação. Em conjunto com o seu filho de 14 anos e o amigo Pedro Mendes, Paulo cuida e restaura a sua colecção com poucos equipamentos e recursos.

Pode demorar até cinco anos para o restauro ficar completo. No entanto, para Paulo vale a pena esperar para os poder ver a circular nos pequenos carris que instalou junto ao armazém.

Os eléctricos têm marcado presença na vida dos lisboetas desde 1901, antes dos autocarros e do metro. Na época circulavam centenas pela cidade, mas hoje restam apenas 50.

Além da colecção, Paulo gere ainda um restaurante com o mesmo tema e sonha vir a ter o seu próprio museu do eléctrico, onde poderá expor todos aqueles que tem comprado e restaurado ao longo do tempo.

O objectivo é que ninguém se esqueça deste marco da cidade de Lisboa, nem da sua contribuição. No que toca à continuidade do seu projecto, essa já está assegurada: “Se algo me acontecer, isto terá continuidade”, referindo-se ao seu filho, que partilha da mesma paixão, acrescentando que “na sua geração será mais fácil tornar o sonho realidade”.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários