O campo não tinha relva sintética. As bancadas nem sequer eram cobertas, mas, fizesse chuva ou sol, lá íamos ver os amigos a correr atrás da bola. E vivíamos esse momento como se estivéssemos a ver profissionais. Levantávamo-nos a cada jogada que pudesse ser perigosa, gastávamos a voz com gritos de incentivo. Tínhamos 12 ou 13 anos. Eles a correr atrás da bola também, mas não era por isso que os olhávamos com menos entusiasmo – acreditávamos que, por vezes, tocavam a genialidade. Era a idade em que ainda podíamos ser tudo o que quiséssemos ser.
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