Morreu Cobby, o chimpanzé mais velho num zoo dos EUA. “É insubstituível”

O chimpanzé macho mais velho dos EUA morreu aos 63 anos no Jardim Zoológico da São Francisco. “Vamos ter saudades de ver a sua barba grisalha”

zoo,pet,p3,ecossistemas,animais,chimpanzes,
Fotogaleria
Reuters
zoo,pet,p3,ecossistemas,animais,chimpanzes,
Fotogaleria
Reuters/Marianne V Hale/San Francisco Zo

Cobby, o chimpanzé macho mais velho dos EUA, um pacificador entre os primatas e um embaixador do mundo animal para os humanos que visitam e trabalham no Jardim Zoológico de São Francisco, morreu aos 63 anos no sábado, 5 de Junho. “O Cobby fazia parte de São Francisco”, sublinha Tanya Perterson, CEO da Sociedade Zoológica de São Francisco, em comunicado. “É insubstituível e estamos de coração partido”.

Os guardas vão sentir falta de “como Cobby dava as ‘boas noites’ com uma suave vocalização”, conta o zoo. Apelidado de Papa​, enquanto o ancião mais respeitado dos primatas, o Cobby é lembrado como um mentor bondoso e carismático para os chimpanzés recentemente adquiridos pelo zoo e seria o responsável pela integração sem sobressaltos de outros machos no grupo.

“O Cobby nunca tinha vivido com outros machos, até há pouco tempo, e foi capaz de se tornar um modelo de relacionamento com outros machos, ao mesmo tempo que mantinha uma forte ligação com as companheiras de longa data”, esclarece o Jardim Zoológico.

Antes de ser instalado no Jardim Zoológico juntamente com três fêmeas, em meados dos anos 60, Cobby foi criado por humanos que o usavam em espectáculos. Como resultado, acabou por também criar uma ligação forte com os seus tratadores.

Foto
Foto

A sua estima pelos seres humanos estendia-se aos visitantes do zoo, que ficaram maravilhados ao ver Cobby na Great Ape Passage, uma exposição com estruturas projectadas para observar, mais de perto, os chimpanzés.

“Vamos ter saudades de ver a sua barba grisalha a ver-nos do cimo da plataforma”, sublinha o zoo.

Cobby não deixou descendência, mas superou as probabilidades, vivendo até aos 63 anos — a esperança média de vida dos chimpanzés na natureza é de 33 anos e de 50 a 60 anos, se estiverem ao cuidados de humanos, indicam os especialistas.

Actualmente, os chimpanzés são uma espécie ameaçada e estão entre os primatas em maior risco em África, onde se estimam que existam, em estado selvagem, apenas 100 mil a 200 mil animais da espécie, devido a ameaças como a caça, a perda de habitat e doenças, afirma o zoo.

Sugerir correcção
Comentar