As ruínas de António Bolota

António Bolota tem a sua primeira antológica na Culturgest de Lisboa.

Foto
O espanto é uma constante em toda a exposição Vera Marmelo

Num pequeno filme inserido nas páginas do site da Culturgest dedicadas à exposição de António Bolota, o artista afirma que sempre entendeu a arquitectura como um molde. E acrescenta: “A escultura é o positivo desse molde, e os espectadores situam-se também no negativo”. Ou seja, tal como sucede na antiga escultura de modelação — a que se serve do bronze ou do barro como matéria-prima —, existe uma relação de imbricação obrigatória entre o molde e o objecto. No caso de Bolota, essa relação faz-se entre o espaço e o espectador, por um lado, e a obra, por outro. E, porque ele é um artista que trabalha nesta charneira entre dois séculos em que muitos de nós vivemos, a escala é a do edifício urbano, como acontecia na obra de Robert Smithson. E talvez nenhuma outra instituição dedicada às exposições de arte contemporânea se adequasse tão bem como esta ao modo de conceber a escultura de António Bolota.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar