Gastão Elias e Nuno Borges na meia-final desejada

Está garantida a presença de um tenista da casa na final do ATP Challenger Oeiras 4.

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Nuno Borges DR

O ATP Challenger Oeiras 4 vai ter um finalista português. Nuno Borges e Gastão Elias venceram os respectivos encontros dos quartos-de-final e vão, no sábado, discutir entre si quem irá estar na final de domingo. Dois encontros com contornos diferentes, mas que terminaram com ambos a confirmarem o seu favoritismo.

Borges (275.º) defrontou um adversário vindo do qualifying, o romeno Filip Cristian Jianu (349.º), e, ao anular os cinco break-points que enfrentou, tornou mais fácil a tarefa de seguir em frente, concluída em menos de hora e meia. “Hoje correu bem, joguei bem, principalmente nos momentos decisivos. Foi um bom encontro da minha parte, mantive-me focado e positivo do início ao fim”, afirmou o tenista de 24 anos, depois de vencer, com um duplo 6-4.

Elias (292.º) começou mal diante do argentino Camilo Ugo Carabelli (310.º) e teve de aplicar-se nos jogos de resposta para compensar a falta de primeiros serviços (somente 25%) para levar a discussão do set inicial para o tie-break. Apesar de não ter ganho um único ponto no jogo de desempate, o tenista nascido na Lourinhã há 30 anos recuperou o foco e o seu nível de jogo no início da segunda partida, marcando um claro ascendente sobre o adversário. Mais confiante e melhor fisicamente, Elias concluiu o encontro em duas horas e 19 minutos: 6-7 (0/7), 6-3 e 6-0.

“Tive algumas dificuldades em fazer a bola andar, senti que as condições estavam lentas e tive algumas dificuldades nesse capítulo. Entretanto acalmei-me e comecei a jogar mais relaxado e as coisas acabaram por fluir. Um dos aspectos positivos é a parte física porque, quando um jogo é muito intenso fisicamente, eu tenho sempre tendência a achar que o outro está pior do que eu e isso foi importante”, frisou Elias que, às 13 horas, reencontra Borges, com quem perdeu há sete semanas, no mesmo Centralito do Jamor.

“Vai obviamente ser um jogo duríssimo, o Nuno está a jogar muito bem e com muita confiança, mas espero que a minha experiência também me ajude em alguma coisa e possa sair com a vitória”, adiantou Elias. Borges, que venceu três dos quatro duelos anteriores com o compatriota, gosta de desafio: “Gosto sempre de jogar contra o Gastão. Sendo em terra batida é mais desafiante ganhar-lhe e os jogos contra ele são sempre muito desgastantes, física e mentalmente.”

A segunda meia-final será disputada entre o dinamarquês Holger Rune (313.º), de 18 anos e actual número um no ranking mundial de juniores, e o cazaque Timofey Skatov (441.º), de 20. Rune, que já se estreou em quartos-de-final de um torneio do ATP Tour (em Março, em Santiago do Chile), assegurou o seu melhor resultado em challengers ao atingir as meias-finais, depois de vencer o espanhol Carlos Gimeno Valero (287.º), de 19 anos, por 6-2, 6-4. No duelo entre dois tenistas apurados do qualifying, Skatov eliminou o espanhol Nikolas Sanchez Izquierdo (363.º), por 7-6 (7/4), 5-7 e 6-1, ao fim de quase três horas de jogo.

Nos pares, Nuno Borges e Francisco Cabral falharam o acesso à final ao perderem com a dupla Julian Lenz/Roberto Quiroz, por 7-6 (7/5), 6-2. Na final de sábado (11 horas), Lenz e Quiroz defrontam os holandeses Jesper De Jong e Tim Van Rijthoven, que vieram ao Jamor acompanhados pelo treinador Paul Haarhuis, antigo número um mundial de pares (e 18.º em singulares) nos anos 90.

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