Verstappen vence GP Mónaco e assume liderança do Mundial

Holandês aproveitou abandono do “dono” da casa e da pole, Charles Leclerc, antes do início da corrida, para reinar, deixar Hamilton a mais de um minuto e reclamar o comando inédito do campeonato.

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Max Verstappen (Red Bull) venceu este domingo, pela primeira vez, o GP do Mónaco de Fórmula 1, assumindo a liderança inédita do Mundial de pilotos, com 105 pontos, mais 4 do que Lewis Hamilton (Mercedes), que terminou em sétimo, na iminência de ser dobrado pelo holandês, uma corrida para esquecer, apesar do ponto extra da volta mais rápida.

Verstappen conquistou a 12.ª vitória da carreira, concluindo à frente de Carlos Sainz (Ferrari) e de Lando Norris (McLaren), que suportou o assédio final de Sergio Pérez (Red Bull) para garantir o segundo pódio do ano. Destaque para o quinto lugar de Sebastian Vettel, melhor classificação da Aston Martin na F1.

O abandono de Charles Leclerc antes mesmo da volta de formação - Michael Schumacher tinha sido o último piloto a conquistar a pole position e a não participar na corrida por problemas mecânicos, no GP França de 1996 - deu a Max Verstappen o bónus de partir sem “oposição” da primeira linha da grelha.

O choque de Leclerc no final da qualificação provocou danos no semi-eixo traseiro do Ferrari, problema que escapou à vistoria dos mecânicos, preocupados com a caixa de velocidade e com todo o lado direito do monolugar, parte que atingiu directamente as barreiras.

O piloto monegasco ainda tentou partir das boxes, mas não foi possível solucionar o problema, e Leclerc deixou mesmo via a aberta a Verstappen.

Com Lewis Hamilton a lutar para se desembaraçar da posição que o sétimo tempo da qualificação lhe impôs, o holandês, que nunca tinha conseguido nenhum resultado relevante no Mónaco, reunia todas as condições para tentar garantir os pontos necessários para assumir a liderança do Mundial.

Assim, no arranque, Verstappen não se deixou surpreender e fechou de imediato a porta a Valtteri Bottas (Mercedes), que saiu disparado do melhor lado da pista.

A partir daí, e sem quaisquer incidentes num circuito propenso a acidentes, era uma questão de aguardar pelo desenrolar da corrida e das primeiras dobragens para perceber o que o GP Mónaco reservava em matéria de emoções.

Mas foi preciso esperar pela ida de Bottas às boxes para a corrida conhecer o primeiro drama, com o finlandês a ficar com a roda dianteira direita presa, pelo que foi obrigado a desistir pela razão mais absurda e caricata. Bottas viu-se ainda ultrapassado por Lando Norris (McLaren) no mundial de pilotos.

Também Hamilton não estava satisfeito com a estratégia da Mercedes. O inglês foi o primeiro a parar, depois de ter andado a poupar em vão os pneus, acabando por perder posições de forma inexplicável para Sebastian Vettel (Aston Martin) e Pérez, continuando em sétimo apesar dos abandonos de Leclerc e Bottas.

Festejava a Red Bull, que colocava Sergio Pérez em quarto, depois da ida às boxes e de ter saído do nono (oitavo) lugar da grelha e que superava a Mercedes, por um ponto (149) no Mundial de construtores, o que não acontecia desde 2013.

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