Maria como ícone feminista e o absurdo para escapar à crise

O Museu da Marinha recebe hoje dois solos integrados no ciclo Hot Spot. Teresa Vittucci reflecte sobre a virgindade na cultura contemporânea e Euripides Laskaridis vê-se de fora para sobreviver.

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Yushiko Kusano

Teresa Vittucci cresceu com a Virgem Maria. Não viveram fisicamente na mesma casa, como é evidente, mas o modelo feminino com que Teresa viveu os primeiros anos da sua vida estava identificado com clareza. Proveniente de “um background extremamente religioso”, lembra-se de, ainda em criança, ficar zangada com a súbita ideia inconciliável de alguém que “podia ser, em simultâneo, mãe e virgem”. “E com a ideia de que era esta a mulher perfeita quando havia um ser sexual completamente ausente.” A formulação do seu pensamento na altura não seria tão elaborada, mas deixava-lhe já o corpo e a mente em desassossego. Havia algo naquela história que Teresa não queria que fizesse parte da sua bagagem pessoal.

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