Quinta da Côrte, provavelmente o segredo mais bem guardado do Douro

A paixão tem destas coisas: a casa estava abandonada e a quinta subaproveitada, mas o francês Philippe Austruy não hesitou. Comprou a quinta, construiu adegas, começou a produzir vinho com marca própria e abriu um hotel boutique. Hoje, chega-se a este recanto quase encantado do Douro como se a uma antiga casa de família, onde nem afectos faltam.

Fotogaleria

O silêncio corre solto quando nos deparamos com a casa branca e lista amarela que se desdobra em patamares: é Boris, o beagle esquivo que só se deixará tocar na partida, 24 horas depois, quem nos recebe. Mais sorte teremos com a Lori e o seu filho Tinto Cão, que, apesar do seu porte imponente (é um pastor alemão bem nutrido), só quer festa (e festas). Antes de entrarmos na casa, é impossível não nos aproximarmos do fim do terraço, fila de árvores de fruto e logo o varandim: são as vinhas que desenham a geometria duriense, as encostas que as suportam, o rio Douro que vemos numa nesga, o Pinhão por trás do monte (são, calculam, três quilómetros em linha recta - “mas no Douro nada se mede assim”). Não o vemos daqui, mas no fundo deste monte onde estamos mais ou menos a meio, por entre um denso arvoredo, é o rio Torto que se esconde. Estamos na Quinta da Côrte, não encontraremos o rei, mas não deixaremos de conhecer a “sua” princesa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O silêncio corre solto quando nos deparamos com a casa branca e lista amarela que se desdobra em patamares: é Boris, o beagle esquivo que só se deixará tocar na partida, 24 horas depois, quem nos recebe. Mais sorte teremos com a Lori e o seu filho Tinto Cão, que, apesar do seu porte imponente (é um pastor alemão bem nutrido), só quer festa (e festas). Antes de entrarmos na casa, é impossível não nos aproximarmos do fim do terraço, fila de árvores de fruto e logo o varandim: são as vinhas que desenham a geometria duriense, as encostas que as suportam, o rio Douro que vemos numa nesga, o Pinhão por trás do monte (são, calculam, três quilómetros em linha recta - “mas no Douro nada se mede assim”). Não o vemos daqui, mas no fundo deste monte onde estamos mais ou menos a meio, por entre um denso arvoredo, é o rio Torto que se esconde. Estamos na Quinta da Côrte, não encontraremos o rei, mas não deixaremos de conhecer a “sua” princesa.