Djokovic e Nadal em final de gladiadores

Sérvio foi obrigado a uma maratona de mais de cinco horas no court para garantir a final no Masters 1000 de Roma.

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Novak Djokovic Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE

Foi em 2007 que Novak Djokovic e Rafael Nadal se defrontaram pela primeira vez em Roma. E 14 anos depois vão voltar a digladiar-se no Foro Itálico, o cenário onde já se encontraram mais vezes, para discutir o título dos Internazionali BNL d’Italia. Ambos passaram por enormes dificuldades ao longo da semana, mas, este sábado, Djokovic teve de passar mais de cinco horas no court, primeiro para inverter o rumo do quarto-de-final com Stefanos Tsitsipas e depois, para vencer o último representante do ténis italiano nas meias-finais.

Na véspera, o líder do ranking abandonou o court sob chuva e com Tsitsipas (5.º) com um set e um break de vantagem (6-4, 2-1). No reatamento, o sérvio reagiu e forçou um terceiro set, mas teve de recuperar de 1-3 e anular pontos que davam uma vantagem de duplo-break a Tsitsipas, antes de impor-se, por 4-6, 7-5 e 7-5. 

À tarde, Djokovic precisou de mais duas horas e 44 minutos, para ultrapassar Lorenzo Sonego (33.º), por 6-3, 6-7 (5/7) e 6-2. “Tenho de me focar na recuperação. Não tenho muito tempo e tenho jogado muito. Espero ter as pernas frescas, pois é necessário para eu ter uma oportunidade frente a Rafa”, afirmou Djokovic, que lidera a conta-corrente com o rival por 29-27.

Nadal (3.º) leva vantagem nos duelos realizados em terra batida (18-7) e em Roma (5-3). E está menos desgastado pois levou hora e meia para derrubar o norte-americano de 2,11m de altura, Reilly Opelka (47.º), o mais inesperado semi-finalista deste Masters 1000. Mas o espanhol anulou todos os quatro break-points de que dispôs e quebrou Opelka uma vez em cada set, para vencer com um duplo 6-4.

Na prova feminina, a campeã em título de Roland Garros, Iga Swiatek (15.ª), teve uma tarefa semelhante à de Djokovic, mas passou apenas três horas no court para derrotar Elina Svitolina (6.ª), nos quartos-de-final, e Coco Gauff (35.ª), nas “meias”, para ir disputar a final com Karolina Pliskova (9.ª).

Gastão Elias, wild-card em Oeiras

Amanhã, tem início no Jamor o qualifying do ATP Challenger 125 Oeiras Open, que vai contar com nove tenistas da casa. As últimas alterações na lista de inscritos permitiram a entrada directa no quadro principal de Frederico Silva (170.º), o que libertou um wild-card, entregue a Gastão Elias (312.º), que se junta aos outros compatriotas: Pedro Sousa (111.º) e os convidados João Domingues (227.º) e Nuno Borges (301.º). No qualifying, vão entrar em acção este domingo outros quatro portugueses: Gonçalo Oliveira (309.º) e os wild-cards Tiago Cação (529.º), Luís Faria (805.º) e Francisco Cabral (1001.º).

Pedro Sousa é o oitavo tenista mais cotado de um quadro onde pontuam seis tenistas do top 100: Jiri Vesely (73.º), Steve Johnson (85.º), Federico Coria (91.º), Pedro Martínez (94.º), Yannick Hanfmann (95.º) e Juan Ignacio Londero (98.º). O sorteio do quadro final ontem realizado ditou como primeiro adversário do número dois português o bósnio Damir Dzumhur (118.º). Silva joga com o chinês Jason Jung (151.º), Domingues defronta o espanhol e quarto cabeça de série Martínez (94.º), Borges mede forças com o espanhol Bernabé Zapata Miralles (142.º) e Elias terá a oposição do norte-americano Maxime Cressy (155.º).

Destaque ainda para a presença neste ATP Challenger 125 dos jovens Carlos Alcaraz (114.º), espanhol de 17 anos treinado pelo ex-número um mundial Juan Carlos Ferrero, e Hugo Gaston (168.º), de 20 anos, “rei dos amorties” no último Roland Garros, onde eliminou Stan Wawrinka antes de ser travado por Dominic Thiem em cinco sets.

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