Sp. Braga vence ciclo negativo a pensar na Taça

Moreirense ainda empatou o encontro a três minutos do fim, mas deitou tudo a perder com um penálti na compensação.

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LUSA/HUGO DELGADO

Com o pensamento na final da Taça de Portugal, o Sp. Braga precisou de um penálti polémico no último minuto de jogo para regressar às vitórias no campeonato (2-1), na 33.ª jornada, depois de um ponta final de grande incerteza, com um Moreirense descomplexado a lutar pelo sexto lugar.

Marcado por duas derrotas e dois empates nos últimos quatro jogos, o Sp. Braga evitou prolongar a seca de vitórias com um desempenho pouco convincente, na linha do que contribuiu para hipotecar a possibilidade de lutar pelo terceiro lugar. 

O Sp. Braga tentou encontrar-se frente a um Moreirense que se apresentou na Pedreira com legítimas aspirações ao último lugar europeu e a igualar os 43 pontos da época anterior. Mais do que procurar uma classificação, já que o quarto lugar estava selado com dez pontos de vantagem para o Paços de Ferreira, Carlos Carvalhal pretendia recuperar o brilho do Sp. Braga que chegou a ameaçar lutar pelo segundo posto da Liga, ciente de que uma injecção de moral nesta altura seria essencial para abordar a final da Taça de Portugal, com o Benfica, dia 23 de Maio. 

Mas não basta querer nem sonhar, é preciso muito mais para dar a volta a um momento em que os planetas parecem longe do alinhamento desejado. Dessa dúvida e das fragilidades do vizinho minhoto aproveitou-se o Moreirense para criar alguns lances, especialmente por Pires, mas também por David Simão e Franco. 

O Moreirense esteve mesmo muito perto de conquistar vantagem, mas também não revelou a calma e eficácia necessárias para bater Matheus. Os cónegos pagariam um preço elevado já perto do intervalo, quando Abel Ruiz voltou aos golos, quebrando um jejum de dez partidas. O internacional espanhol acabou por encontrar o tempo e o espaço certos para bater o estreante Miguel Oliveira na sequência de um cruzamento de Sequeira (41’). 

Apesar desse momento de inspiração, o Sp. Braga não disfarçou a intranquilidade e acabou a primeira parte a sofrer horrores aos pés de Pires e Franco, acabando por ser protegido por um escudo invisível que bloqueou todas as tentativas do Moreirense. 

A segunda parte, com Piazón a render Fransérgio (condicionado por um amarelo) revelou um Sp. Braga mais pressionante, a empurrar os visitantes para terrenos cada vez mais recuados e distantes da imagem deixada na etapa inicial. A menos de 30 minutos dos 90, os “arsenalistas” estiveram muito perto de aumentar a vantagem num cabeceamento de Tormena, a que Miguel Oliveira respondeu com uma excelente defesa. Esgotavam-se as forças e as alternativas, com o Moreirense a libertar-se um pouco e Rafael Martins a empatar a três minutos do fim. Valeu ao Sp. Braga a mão de David Simão e o penálti de João Novais a evitar novo dissabor.
 

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