Vencer Thiem reforçou estatuto de Zverev na terra batida
O tenista alemão decide a final do Masters 1000 de Madrid com Matteo Berrettini.
Se derrotar Rafael Nadal na terra batida já era considerado um enorme feito, que dizer da vitória de Alexander Zverev sobre Dominic Thiem, no dia seguinte, nas meias-finais do Mutua Madrid Open? Mas o tenista alemão continua a exibir-se de forma sólida e bem apoiado no serviço eliminou o duplo finalista de Roland Garros (2018 e 2019), novamente sem ceder qualquer set.
“Devem ser provavelmente os dois especialistas de terra batida em que vêm à cabeça quando se pensa em quem tem mais possibilidades de triunfar em Roland Garros. Rafa é sempre o favorito, Novak vem provavelmente em segundo e Dominic muito em terceiro. Tem sido uma semana muito boa mas o trabalho ainda não terminou”, afirmou Zverev (6.º ATP), após vencer, por 6-3, 6-4, em pouco mais de hora e meia.
A última vitória do alemão sobre Thiem (4.º) tinha sido exactamente no mesmo palco da Caja Mágica de Madrid, na final de 2018. E o austríaco, vindo de uma paragem competitiva de sete semanas, voltou a aceitar a derrota sem problemas. “Nunca esperei estar nas meias-finais, não me posso queixar de nada. Sascha jogou bem, basta olhar para o último jogo, em que serviu a 227, 228 km/h. Não havia muito a fazer”, concedeu Thiem.
Na quarta final consecutiva de um Masters 1000 sem a presença de Novak Djokovic, Rafael Nadal ou Roger Federer – o que não acontecia desde 2003 –, Zverev vai defrontar Matteo Berrettini (10.º), que vai estrear-se em finais desta categoria, após afastar Casper Ruud (22.º), por 6-4, 6-4.
Na final feminina, Aryna Sabalenka também tirou partido das condições rápidas de jogo para impor o seu serviço e, em 25 minutos, infligiu a Ashleigh Barty um 6-0 – a primeira zerada sofrida pela número um mundial desde 2017. Mas quando a percentagem de primeiros serviços desceu de 75% para 56.8%, os erros apareceram e Barty reapareceu, obrigado a um set decisivo.
Quando serviu a 4-4, Sabalenka recuperou de 15-30 para elevar o nível de jogo e não perdeu nenhum ponto nos dois derradeiros jogos para obter o título mais importante da carreira.
Depois de interromper a série de 10 vitórias da australiana sobre adversárias do top 10, Sabalenka vai subir do sétimo ao quarto lugar do ranking e ao lote de candidatas ao título em Roland Garros, embora a bielorrussa de 23 anos nunca tenha passado da quarta ronda em torneios do Grand Slam.