Villarreal fura domínio inglês na Europa

Espanhóis eliminam Arsenal e vão à final da Liga Europa, onde irão defrontar o Manchester United, que se qualificou apesar da derrota em Roma.

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Cavani marcou os dois golos do United em Roma Reuters/ALBERTO LINGRIA

Não serão quatro equipas inglesas nas duas finais europeias, mas “apenas” três. Com os finalistas da Liga dos Campeões já decididos (Manchester City e Chelsea), havia a possibilidade de nova dupla britânica na final da Liga Europa e repetir o pleno de 2018-19, mas só o Manchester United seguiu nesta quinta-feira para a final, uma qualificação já esperada apesar da derrota por 3-2 frente à Roma de Paulo Fonseca. O “intruso” não britânico é o Villarreal, que abateu o Arsenal com um empate sem golos em Londres, depois de ganhar 2-1 na primeira mão.

Esta é a primeira final europeia para o “Submarino Amarelo”, se não contarmos as três finais que disputou na já extinta Taça Intertoto, e o apuramento para a final de 26 de Maio, em Gdansk, acabou por funcionar como uma dupla vingança. Do próprio Villarreal, que, em 2006, foi eliminado pelos “gunners” nas meias-finais da Liga dos Campeões. E de Unay Emery frente ao seu antigo clube, que o despediu em Novembro de 2019, precisamente após uma derrota na Liga Europa. Com esta qualificação, o técnico basco poderá conquistar a Liga Europa pela quarta vez, ele que a conquistou por três vezes quando era treinador do Sevilha.

O Arsenal bem tentou anular a desvantagem que trazia da primeira mão (só precisava de marcar um golo e não sofrer nenhum), e teve oportunidades para o fazer, a melhor de todas um cabeceamento de Aubameyang que acertou no poste da baliza dos espanhóis. Mas a equipa de Mikel Arteta não terá a possibilidade de juntar mais uma final europeia ao currículo – seria a sétima.

Bem mais emocionante foi o Roma-Manchester United no Estádio Olímpico, apesar do resultado da primeira mão sugerir que este seria apenas um jogo para cumprir calendário (vitória por 6-2 em Old Trafford). Na despedida europeia de Paulo Fonseca como técnico da Roma (será substituído por José Mourinho na próxima época), a equipa da capital italiana até chegou a dar a sensação de poder operar uma improvável reviravolta na eliminatória, mas acabou por ficar apenas com o prémio (justo) da vitória, enquanto o United vai tentar uma segunda conquista da Liga Europa, depois de o ter feito com Mourinho em 2017.

Solskjaer não poupou muito na visita a Roma, com o United a apresentar-se na sua máxima força, com Bruno Fernandes e Cavani a titulares. Foram os “red devils” a colocarem-se em vantagem aos 39’, com um golo de Edison Cavani após passe de Fred. O United estava mais confortável na eliminatória, mas os romanos não desistiram e, até conseguirem marcar, foram fazendo de David de Gea, guardião dos britânicos, o melhor em campo.

A equipa de Paulo Fonseca tardou no golo. Apenas aos 57’, Edin Dzeko conseguiu fazer o empate, após cruzamento de Pedro Rodríguez, e o bósnio ainda foi buscar a bola à baliza para tentar mais alguma coisa no jogo. Cristante fez o 2-1 logo a seguir, aos 60’, e a Roma teve mais um par de oportunidades para fazer mais, antes de Cavani nivelar o marcador aos 68’, após passe perfeito de Bruno Fernandes. Já com a final fora do alcance, a Roma ainda conseguiu chegar à vitória, com Alex Telles a encaminhar para própria baliza um remate de Zalewski.

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