Primeiro penálti no campeonato salva Benfica frente ao Marítimo

A recente melhoria exibicional da equipa de Jorge Jesus teve uma interrupção nesta segunda-feira, numa partida em que os “encarnados” fizeram uma exibição globalmente cinzenta. Valeu o penálti de Waldschmidt.

Waldschmidt celebra na Luz
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Waldschmidt celebra na Luz LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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25 jornadas depois, o Benfica pôde bater um pontapé de penálti. Os “encarnados”, que muito se têm queixado de os árbitros nunca lhes permitirem ir para a marca dos 11 metros, acabaram por beneficiar desse penálti para desbloquearem um jogo “encalhado”, frente ao Marítimo. O Benfica venceu por 1-0, nesta segunda-feira, e chegou aos cinco triunfos consecutivos no campeonato – sempre sem sofrer golos.

Se a estabilidade defensiva se mantém, mesmo num jogo em que voltou a haver mudança táctica, no regresso ao 4x4x2, o fulgor ofensivo merece poucos elogios.

A retoma exibicional frente a Belenenses (durante 20 minutos), Boavista e Sp. Braga teve uma interrupção neste jogo no Estádio da Luz, e, depois de uma paragem para selecções em que o Benfica pôde descansar e consolidar processos, a exibição foi globalmente cinzenta, apesar de, no fim de contas, a equipa de Jorge Jesus até ter tido oportunidades suficientes para “matar” o jogo. Acabou a sofrer e “colocou-se a jeito”.

O primeiro penálti

A primeira parte foi, em suma, um jogo fraco – na qualidade e no interesse. O Benfica, que voltou ao 4x4x2 (os três centrais parecem só ser solução em jogos de maior dificuldade), dominou em toda a linha, mas não conseguiu dar rapidez à circulação, promovendo, com alto patrocínio de um Marítimo defensivo, um jogo quase sempre lento.

O Marítimo é, a par do vizinho Nacional, a equipa que mais tempo passa no seu terço do campo (31%) e confirmou-o na Luz. Num 5x3x2 imutável e sempre defensivo, “roubou” a profundidade e a largura ao Benfica.

Sem isso, e com tanta lentidão de processos, os “encarnados” só poderiam desmontar o bloco madeirense “seduzindo” um dos centrais a sair na pressão aos apoios frontais dados por Waldschmidt e Seferovic. Era aí que haveria espaço para entrarem jogadores pela zona deixada livre pelo central “arrastado”.

Foi até isso que se ouviu de Jorge Jesus um pouco antes da meia hora. “Anda jogar”, gritou o técnico para Waldschmidt, num momento em que o alemão demorou a pedir a bola entre linhas.

A única excepção a esta inércia e falta de soluções entre linhas foi aos 28’, quando Weigl descobriu Waldschmidt. O alemão encontrou Rafa em apoio frontal e este combinou com Seferovic para um lance defendido por Amir.

De resto, pouco há a contar em matéria de jogadas com princípio, meio e fim. Do Benfica houve um remate de Waldschmidt, aos 33’, e do Marítimo houve um de Karo, aos 41’, após um livre.

Apesar da falta de capacidade ofensiva, os “encarnados” foram para o intervalo a vencer. Hermes cometeu penálti sobre Rafa, aos 19’ – o primeiro a favor do Benfica neste campeonato –, e Waldschmidt bateu com categoria para o lado direito, marcando o sétimo golo na Liga.

Prometeu, mas não cumpriu

Na segunda parte o jogou começou por mudar um pouco. As falhas técnicas mantiveram-se, bem como a lentidão, mas as defesas, menos assertivas, permitiram mais espaços do que até então.

Foi assim aos 54’, quando o Benfica exibiu “estudos”: num livre, Taarabt, Everton e Waldschmidt combinaram ao primeiro toque, mas Otamendi fez, perto da linha de baliza, o que parecia difícil: não conseguir encaminhar a bola para os 7,32 metros da baliza de Amir.

Outro lance interessante surgiu aos 62’, com grandes defesas dos guarda-redes. Primeiro, Winck permitiu intervenção a Helton Leite, após um canto. No contra-ataque, Seferovic correu meio campo e, no frente-a-frente com Amir, permitiu o sucesso do guardião iraniano.

O reinício de jogo prometeu, mas não cumpriu. Estes minutos de maior emoção precederam nova entrada numa fase morna do jogo.

Nos últimos dez minutos o Benfica percebeu que ir à procura do 2-0 era uma missão enguiçada pela falta de inspiração e tentou controlar a partida com bola. O Marítimo pouco conseguiu fazer, mas até esteve perto do golo aos 90+1’, num remate de Correa após uma transição rápida. Não teria sido justo, mas o Benfica “colocou-se a jeito”, pouco antes de Chiquinho também desperdiçar um bom lance.

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