Vivian Maier, a fotógrafa que se disfarçou de ama

Há dez anos, comparava-se a fotografia de Vivian Maier com a de muitos dos grandes nomes do século XX. Hoje, é preciso fazer o contrário. Uma mulher que se sustentava a trabalhar como ama construiu uma obra colossal. Uma exposição no Centro Cultural de Cascais, entre 6 de Abril e 18 de Maio, mostra pela primeira vez em Portugal um talento que, um pouco por acidente, saiu da escuridão.

Foto
© Cortesia Maloof Collection e Howard Greenberg Gallery, Nova Iorque Self-Portrait, New York, 1954

Entrar no mundo de Vivian Maier é entrar num labirinto. Uma vez lá dentro, o difícil não é encontrar a saída, mas razões para não continuar a percorrer com ela ruas, rostos, pequenas e grandes tragédias, pormenores, instantes, recantos obscuros, o pulsar da cidade, a beleza, a tragédia — a intensidade e a melancolia da vida. O universo visual que esta artista disfarçada de ama construiu ao longo de 50 anos tem um magnetismo difícil de contrariar. Aliada a um talento que coloca Maier (Nova Iorque, 1926 – Chicago, 2009) ao lado dos grandes da história da fotografia, há um percurso de vida enigmático, que suscita muitas perguntas sem resposta.

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