Para onde vais, Boris? Para leste do Suez

É natural que o Reino Unido pós-”Brexit” procure um novo papel internacional e esta estratégia é uma boa prova de autoconfiança. Mas isso não deve obrigar a antagonizar aquele que ainda é o seu maior parceiro.

Há quatro anos que o Reino Unido se debatia internamente com as peripécias do “Brexit". Não havia espaço para mais nada. Muito menos para debates de política externa. Mas a verdade é que a ruidosa luta interna sobre as consequências do referendo e as negociações com a UE escondia outra luta silenciosa sobre o destino internacional do Reino Unido. Para uns, nostálgicos do passado, o abandono da Europa significava o regresso à grandeza do Império. Para outros, catastróficos do presente, significava o caminho para a irrelevância internacional. Não significará nem uma coisa nem outra. O tempo do Império acabou e não volta para trás. Mas o Reino Unido continuará a ser a quinta economia do mundo e não deixará de ser uma potência nuclear, nem perderá o direito de veto no Conselho de Segurança.

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Há quatro anos que o Reino Unido se debatia internamente com as peripécias do “Brexit". Não havia espaço para mais nada. Muito menos para debates de política externa. Mas a verdade é que a ruidosa luta interna sobre as consequências do referendo e as negociações com a UE escondia outra luta silenciosa sobre o destino internacional do Reino Unido. Para uns, nostálgicos do passado, o abandono da Europa significava o regresso à grandeza do Império. Para outros, catastróficos do presente, significava o caminho para a irrelevância internacional. Não significará nem uma coisa nem outra. O tempo do Império acabou e não volta para trás. Mas o Reino Unido continuará a ser a quinta economia do mundo e não deixará de ser uma potência nuclear, nem perderá o direito de veto no Conselho de Segurança.