Câmara de Lisboa prepara campanha de testagem “universal e gratuita”

Protocolo assinado com a Associação Nacional de Farmácias vai permitir a cada munícipe realizar gratuitamente dois testes rápidos de antigénio por mês. Testagem vai ser feita nas freguesias que registarem incidência cumulativa a 14 dias superior a 120 novos casos por 100 mil habitantes.

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Paulo Pimenta

A Câmara de Lisboa vai iniciar, no final de próxima semana, um processo de testagem “universal e gratuito” no concelho, o maior a nível nacional até agora realizado. A autarquia assinou um protocolo com a Associação Nacional de Farmácias para a implementação de uma campanha que vai permitir a cada munícipe realizar dois testes rápidos de antigénio gratuitos por mês – um por quinzena – nas freguesias que registarem uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 120 novos casos por 100 mil habitantes, segundo informações transmitidas ao PÚBLICO.

O município pretende com esta medida monitorizar o desconfinamento gradual, impondo-se por isso um aumento da testagem para acautelar o aumento de contágios esperado, resultado do maior número de pessoas nas ruas. A gratuitidade vai ser importante para permitir que os rendimentos não influenciem a decisão das pessoas no momento de realizar testes, no entender da autarquia. O plano de testagem em massa vai estar em vigor “até não ser necessário”, não havendo, por isso, data limite prevista.

A estratégia de testagem em massa vai ter como locais de recolha dezenas de farmácias da cidade, com os resultados dos testes a serem automaticamente inseridos no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Sinave).

Todas as 24 freguesias de Lisboa vão, por isso, ter locais de recolha prontos a activar caso ultrapassem o limite de 120 novos casos por 100 mil habitantes estipulado na matriz de risco do Governo.

A autarquia conta que nove freguesias sejam envolvidas no plano de testagem, abrangendo quase metade da população do concelho de Lisboa – à volta de 200 mil pessoas. As freguesias em questão vão ser anunciadas esta sexta-feira por Fernando Medina na apresentação do plano de testagem em massa. A Câmara de Lisboa conta, no entanto, que este número aumente devido ao desconfinamento. Também espera que o número de farmácias envolvidas se multiplique, devendo ultrapassar a centena, à medida que todas estejam ligadas ao Sinave.

Os testes rápidos de antigénio já estão a ser utilizados nas escolas, em professores e funcionários não docentes, para supervisionar o regresso ao ensino presencial.

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