Associações detectam mais sem-abrigo em Lisboa e no Algarve. “Quero a minha vida de volta”

Valéria e José tiveram de deixar os quartos onde viviam porque perderam os empregos. Acabaram acolhidos nos centros de acolhimento de emergência da Câmara de Lisboa, que também admite que há mais gente a precisar de tecto. Eles mostram como, mesmo fazendo tudo certo, a vida se virou do avesso de um dia para o outro.

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Valéria Celestino, brasileira de Minas Gerais, ficou sem casa depois de perder o emprego Nuno Ferreira Santos

Chove muito lá fora e Valéria entra dentro da associação que a está a acolher de boné na cabeça e um blusão preto que lhe esconde o corpo franzino. “É com você a audiência?”, pergunta, despachada. Nos últimos meses, esta brasileira de 55 anos tem-se tornado numa espécie de porta-voz de quem, como ela, foi “vítima das circunstâncias”. De quem num ano se viu despojado da vida “normal” que tinha. De quem, de repente, se viu sem um tecto. Ela quer mostrar como, mesmo fazendo tudo certo, a vida se virou do avesso de um dia para o outro.

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