China oferece vacinas aos atletas olímpicos

Por cada atleta vacinado, o COI irá pagar duas vacinas ao país desse atleta, garantiu Thomas Bach.

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Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional Reuters/GREG MARTIN/IOC

A China está disponível para fornecer vacinas de covid-19 aos atletas que vão participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo Verão, nos Jogos de Inverno de 2022 em Pequim e nos respectivos Jogos Paralímpicos. A oferta foi anunciada nesta quinta-feira por Thomas Bach, reeleito na quarta-feira para mais um mandato como presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), assegurando que o COI irá suportar os custos destas vacinas adicionais para os atletas e restantes membros das comitivas nacionais. Bach garantiu ainda que, por cada atleta vacinado, o COI irá pagar duas doses de vacina ao país desse atleta.

“O Comité Olímpico Chinês está pronto disponibilizar estas doses adicionais de vacina de duas maneiras, seja através da colaboração com parceiros internacionais, ou directamente nos países que já têm acordos para distribuir as vacinas chinesas”, anunciou o presidente do COI, que não divulgou grandes pormenores sobre esta iniciativa, apenas acrescentando que um “número significativo” de atletas já recebeu vacina, sendo que o organismo não tinha feito da vacinação uma prioridade para as comitivas que vão estar em Tóquio.

Esperam-se cerca de 11 mil atletas nos Jogos de Tóquio, mais cerca de 4400 nos Jogos Paralímpicos. Para os Jogos de Inverno do próximo ano, em Pequim, serão cerca de três mil atletas, mais 600 nos Paralímpicos. Ou seja, sem contar com dirigentes, treinadores e outros integrantes das comitivas nacionais, serão cerca de 19 mil atletas que irão participar nas duas próximas edições dos Jogos.

Esta medida é uma vitória do COI no que diz respeito à percepção pública da realização dos Jogos em tempos de pandemia. Por um lado, de alguma forma suaviza a contestação dos japoneses, que olhavam para Tóquio 2020 como um evento que podia aumentar em muito os níveis de infecção no país. Por outro, poupa a Bach qualquer tipo de justificação sobre a vacinação de atletas, que serão os mais saudáveis das suas populações, em detrimento de pessoas que fazem parte de grupos de risco, havendo, no entanto, países que colocaram os atletas no grupo de vacinação prioritária, como o México, Índia, Israel, Hungria ou a Lituânia.

A pouco mais de quatro meses do início dos Jogos (que irão decorrer entre 23 de Julho e 8 de Agosto, depois de terem sido adiados devido à pandemia), não é ainda certo que vá ser proibida (ou permitida) a presença de espectadores estrangeiros nos eventos olímpicos.

A imprensa japonesa avançou na última semana que o governo já teria tomado a decisão de excluir os espectadores estrangeiros dos Jogos, mas Seiko Hashimoto, a nova presidente do Comité Organizador dos Jogos, garante que essa questão ainda está em aberto e que uma decisão será anunciada até 25 de Março: “Ainda estamos a discutir e não chegámos a nenhuma conclusão.”

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