Há uma bolsa de 15 mil euros para projecto sobre neoplasias de células B maduras

À bolsa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia e da Sociedade Portuguesa de Hematologia podem concorrer investigadores nacionais e estrangeiros. As candidaturas estão abertas até 1 de Maio.

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Andre Rodrigues

Pela terceira vez, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH) unem-se para atribuir uma bolsa de investigação em neoplasias de células B maduras. A iniciativa tem o apoio da biofarmacêutica Gilead Sciences. Com o valor de 15 mil euros, a bolsa destina-se a “todos os investigadores nacionais ou estrangeiros, desde que os projectos estejam a ser desenvolvidos em instituições portuguesas”, lê-se no comunicado de imprensa da APCL. As candidaturas abriram no início de Março e estendem-se até 1 de Maio.

O júri valorizará, segundo o mesmo documento, “projectos de carácter interdisciplinar e de colaboração entre instituições que se dediquem ao estudo das áreas do tratamento, diagnóstico, epidemiologia, qualidade de vida dos doentes e impacto a nível sociológico”. Ao P3, o presidente da APCL, Manuel Abecasis, adianta que o júri será composto por um membro da SPH e dois da associação. “Qualquer um destes três elementos é especialista nessa área. São considerados os melhores especialistas”, salienta. As candidaturas devem ser enviadas para o endereço de e-mail bolsas@apcl.pt; já o regulamento pode ser consultado no site da APCL. Para além das condições já referidas, o projecto deverá ter a duração de um ano. No site da associação, lê-se que “a apresentação de candidatura deverá ser redigida em português e em inglês, em formato PDF, não excedendo um total de 4000 palavras”.

João Raposo, presidente da SPH, refere que “a hemato-oncologia é das áreas oncológicas com maior taxa de sucesso na cura definitiva de um número bastante expressivo de doentes”, cita o comunicado de imprensa em que se anuncia o lançamento da bolsa. Por isso, para se manter “essa taxa de cura”, é preciso “continuar a fomentar e incentivar a investigação com projectos como esta bolsa”, lê-se ainda.

A primeira edição desta bolsa, lançada em 2019, teve como vencedora Sara Duarte, médica de Hematologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Já em 2020, o prémio seguiu para um grupo do Instituto de Medicina Molecular (iMM), cujo projecto “envolvia a produção de células CAR-T”, estudando-se uma “nova formulação que fosse aplicável no tratamento do mieloma e outras neoplasias B maduras”, explica o presidente da APCL. A associação já atribuiu, desde 2003, mais de 450 mil euros em bolsas de investigação.

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