CDS entusiasmado com Carlos Moedas para “libertar os lisboetas do socialismo”

Francisco Rodrigues dos Santos admite que a coligação com o PSD para Lisboa pode vir a incluir a Iniciativa Liberal.

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Francisco Rodrigues dos Santos esteve reunido com Carlos Moedas durante uma hora e meia LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Um dia depois de Rui Rio ter anunciado Carlos Moedas como o candidato à Câmara de Lisboa, o líder do CDS quis que aquilo a que chamou “uma coligação ganhadora de centro-direita” desse já um sinal de vida. Francisco Rodrigues dos Santos recebeu o ex-comissário europeu, com quem se reuniu durante uma hora e meia, na sede do partido. No final, mostrou-se entusiasmado com a aposta em Carlos Moedas para “libertar os lisboetas do socialismo e oferecer uma mudança para o futuro”.

Na conferência de imprensa – em que Carlos Moedas esteve presente, mas voltou a remeter-se ao silêncio que só deverá quebrar na próxima semana –, Francisco Rodrigues dos Santos disse ter recebido a notícia da disponibilidade do ex-governante para ser candidato a Lisboa “com grande alegria e entusiasmo”.

Depois de reiterar que o nome reuniu um “sólido consenso” nas reuniões que manteve com a liderança do PSD, o líder do CDS apontou a candidatura como uma “coligação ganhadora de centro-direita para o país que será aprofundada pelas direcções dos partidos” e mostrou a intenção de “construir um projecto autárquico vencedor que dê uma alternativa ao socialista”.

Quanto à inclusão da Iniciativa Liberal na coligação desenhada para enfrentar o socialista Fernando Medina, Francisco Rodrigues dos Santos não fechou a porta, justificando que a aliança agora anunciada é “apenas um primeiro passo” e que a integração de outras forças políticas “será analisada”. Já o envolvimento nesta candidatura por parte da estrutura distrital do CDS de Lisboa, que é liderada por João Gonçalves Pereira, um crítico da actual direcção do partido, o líder do CDS referiu que este processo na capital está a ser “conduzido pelas direcções nacionais”, em “diálogo com as estruturas locais do partido” e que as irá manter informadas. O certo é que nem a distrital nem a concelhia deram apoio público a Carlos Moedas.

O CDS e o PSD vão assinar “nos próximos dias” o acordo autárquico global, mas é certo que nas câmaras governadas pelos centristas o cabeça de lista não será do PSD. Em Setúbal, onde já foi confirmado que o candidato social-democrata será Fernando Negrão, Francisco Rodrigues dos Santos admite vir a firmar também uma coligação com o PSD.

Desde quinta-feira à noite que no PSD várias figuras expressaram apoio público nas redes sociais a Carlos Moedas. Foi o caso do eurodeputado Paulo Rangel, do presidente do conselho estratégico nacional, Joaquim Miranda Sarmento, do vice-presidente da bancada Ricardo Baptista Leite (que tinha sido, aliás, também apontado como um possível candidato a Lisboa) e do ex-deputado António Leitão Amaro.

A nível das estruturas partidárias, depois da concelhia de Lisboa, o líder da distrital do PSD, Ângelo Pereira, veio declarar que Carlos Moedas “é o candidato da mudança, o candidato da alternativa ao esquerdismo que atrasa Lisboa e a afasta da bitola das grandes capitais europeias”.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a distrital de Lisboa apontou o ex-comissário europeu como uma “pessoa íntegra e generosa, um homem culto e bem preparado, um líder motivador de equipas, um político muito competente e um vencedor nato”, acrescentando que “representa o que de melhor a política portuguesa produziu nos últimos anos”.

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