Sporting segue imparável e deixa os rivais a mais de dez pontos

Desta vez, a vítima dos “leões” foi o Paços de Ferreira, que não perdia no campeonato há mais de dois meses. À jornada 19, alguém ainda vai a tempo de agarrar o Sporting na I Liga?

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Momento do jogo entre o Sporting e o Paços de Ferreira LUSA/MÁRIO CRUZ
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Reuters/PEDRO NUNES
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Dez pontos de vantagem para o FC Porto, 11 para o Sp. Braga e 13 para o Benfica. À jornada 19, alguém ainda vai a tempo de agarrar o Sporting na I Liga?

Os “leões” venceram o Paços de Ferreira por 2-0, nesta segunda-feira, e deram três firmes “Paços” em frente na luta pelo título, capitalizando os tropeções de dois dos rivais. Com todos eles a uma distância na casa das dezenas, o Sporting parece já ter um pé no Marquês de Pombal, em Maio – assim permita a pandemia.

O discurso “leonino” continua o mesmo – e provavelmente continuará até o título ser uma certeza matemática –, mas os números não permitem cautelas excessivas: o Sporting não só é candidato ao título como é, por agora, o grande favorito a celebrar na jornada 34 – ou até mais cedo, caso assim continue.

Desta vez, a vítima foi um Paços de Ferreira surpreendente e em luta europeia, que não perdia no campeonato há mais de dois meses. Mas só até ter pela frente um “leão” eficaz, sólido e, sobretudo, tão adulto como este – foi com esta maturidade que “congelou” a vantagem construída pela “marca” João: Mário e Palhinha.

João Mário marcou de penálti

Na primeira parte o jogo foi globalmente dividido e teve mais paragens e faltas do que oportunidades claras de golo – que foram duas, uma para cada lado.

O Sporting começou mais forte, com Pedro Gonçalves a surgir numa função diferente da habitual. Nuno Santos tem sido, pela esquerda, o jogador mais criativo e Pote mais responsável por romper em profundidade, pela direita.

Nesta segunda-feira, sem Nuno Santos, Rúben Amorim alterou o plano: Tiago Tomás atacava o espaço, Pedro Gonçalves baixava entre linhas. E foi pelo melhor marcador do campeonato que passaram grande parte dos lances “leoninos”. Um deles, aos 10’, permitiu ao criativo do Sporting encontrar Paulinho, que rematou de calcanhar para defesa de Jordi.

Com a dinâmica e zona de acção diferentes por parte de Pote, o Sporting acabou por jogar mais em 3x5x2 do que no habitual 3x4x3, algo que pode ter baralhado as referências aos jogadores pacenses – muitas vezes atrasados a chegarem ao portador da bola.

Aos 19’, já depois de um par de boas combinações entre Pedro Gonçalves e Paulinho, Feddal enviou uma bola longa para a área do Paços, onde Pedro Gonçalves, a surgir na direita (zona na qual ainda não tinha estado), teve tempo e espaço para dominar e ser carregado por Rebocho. Penálti para o Sporting, convertido por João Mário com um remate rasteiro.

A equipa de arbitragem liderada por André Narciso acabou por aplicar um critério muito apertado, quer a nível disciplinar quer no capítulo técnico, algo que ajudou a serenar os jogadores, mas que proporcionou muitas paragens por faltas menores. O jogo perdeu, assim, alguma fluidez e caminhou até ao intervalo quase sem motivos de interesse.

O Paços acabou a primeira parte com mais bola e a conseguir algumas combinações, mas faltou que Douglas Tanque fosse solicitado mais vezes em apoio frontal. Com qualidade na criação, mas sem chegar a zonas de finalização, só aos 42’ o Paços criou perigo, num lance em que Rebocho cruzou para um remate de Luther Singh defendido por Adán. Do Paços, foi só.

Palhinha resolveu o jogo cedo

Depois de ter chegado ao 1-0 de penálti, o Sporting chegou ao 2-0 de canto, logo no início da segunda parte. Aos 48’, João Palhinha finalizou com categoria, à meia-volta, um primeiro desvio de Inácio ao primeiro poste, após canto de Porro.

É muitas vezes por aqui que se faz um campeão. Sem precisar de rematar muito ou de sufocar o adversário, o Sporting chegou ao 2-0 com relativa tranquilidade, fruto da qualidade individual dos jogadores: um bom movimento de Pedro Gonçalves, no primeiro golo, e uma grande finalização de Palhinha, no segundo.

Após o golo, o Sporting conseguiu o que nem sempre teve na primeira parte: o controlo da partida. Cada vez mais adulta e sólida, a equipa “leonina” controlou a partida com bola, congelando a vantagem no marcador – algo que o Benfica, por exemplo, tem tido dificuldade em fazer, perdendo vários pontos depois de vantagens no marcador.

À excepção de um par de boas saídas – Tanque, Singh e João Amaral remataram para fora –, o Paços teve alguma dificuldade para criar lances de perigo.

A segunda parte foi parca em motivos de interesse, como a primeira já tinha sido, de modo global, e o jogo caminhou para um triunfo calmo e sem sobressaltos.

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