Benfica bem encaminhado para o Jamor

“Encarnados” triunfam na Amoreira sobre o Estoril-Praia na primeira mão das meias-finais. “Canarinhos” marcaram primeiro, Darwin e Seferovic deram a volta ao resultado para a equipa de Jorge Jesus.

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Darwin marcou dois dos três golos do Benfica LUSA/MÁRIO CRUZ

Um susto a abrir, uma goleada falhada e alguma passividade a fechar. Assim foi o regresso do Benfica ao António Coimbra da Mota para defrontar o Estoril-Praia na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Depois de terem estado 21 minutos a perder, os “encarnados” conseguiram a reviravolta e acabaram por triunfar por 1-3, um resultado curto para tanto domínio e tanta oportunidade falhada, sobretudo na primeira parte, e que deixa o caminho para a final do Jamor bastante desimpedido, mas não ao ponto de fazer do jogo da segunda mão a 3 de Março, na Luz, uma formalidade.

Com algumas variações em relação ao plano habitual, o Benfica entrou disposto a resolver o jogo cedo. Teve volume ofensivo para o fazer, mas faltou aos jogadores “encarnados” acertarem com a baliza.

Darwin começou o festival dos falhanços aos 5’, solicitado por Gabriel na pequena área, mas o uruguaio deixou-se antecipar pelo guardião Thiago Rodrigues.

Rafa deu seguimento ao desperdício aos 13’, num remate cruzado que saiu ao lado após jogada individual, e acertou na trave aos 13’, após toque de habilidade de Pedrinho.

Sem favor, o Benfica podia estar a ganhar por 0-3, antes de o marcador funcionar para o lado contrário. Numa jogada rápida de contra-ataque, André Vidigal combinou com Joãozinho, o lateral fez o cruzamento para o segundo poste, onde estava Murillo, que matou no peito e devolveu a bola para uma concretização fácil de Vidigal. Eficácia total para o segundo classificado da II Liga e não se pode dizer que o Benfica não estava avisado: para chegar às “meias”, o Estoril já tinha abatido três equipas de primeira, Boavista, Marítimo e Rio Ave.

Os “encarnados” encararam o primeiro golo sofrido na competição como um mero percalço e continuaram a carregar, mas o que tiveram nos 21 minutos seguintes foram mais bolas em todo o lado menos no fundo da baliza do Estoril: Pedrinho atirou ao lado aos 28’, tal como Pizzi aos 42’. E aos 43’, Darwin permitiu uma grande defesa de Thiago após bom cruzamento de Diogo Gonçalves, de novo no lado direito da defesa em vez de Gilberto.

Dessa defesa, resultou um canto, e desse canto veio o golo do empate. Pedrinho meteu a bola na área, Gabriel encaminhou-a para Darwin e o jovem uruguaio só teve de a meter na baliza. Estava feito o mais difícil, mas já não dava para mais porque o intervalo veio logo a seguir.

Ninguém mexeu para a segunda parte, mas a tendência do jogo manteve-se, o Estoril a tentar aguentar o empate e o Benfica a tentar desfazê-lo.

Depois de mais um falhanço de Rafa aos 57’ e outro de Seferovic aos 62’, o Benfica finalmente consumou a reviravolta aos 68’. Depois de dois remates falhados, foi Seferovic a aproveitar para fazer o 1-2, e não demorou muito para o resultado crescer mais um pouco.

Numa rápida jogada aos 77’ conduzida por Taraabt, Darwin recebeu um cruzamento perfeito do marroquino e não falhou para fazer o seu segundo golo da partida, de alguma forma redimindo-se dos outros falhanços que foi tendo ao longo da partida.

Com o jogo na mão, o Benfica relaxou um bocadinho e deixou o Estoril a respirar um pouco melhor, com Crespo finalmente a ter espaço para manobrar e criar perigo, confirmando a fama que tem granjeado ao longo da época na II Liga – o médio estorilista esteve mesmo perto de marcar um grande golo aos 80’, num remate parecido com um cruzamento que por pouco não enganou Helton Leite. Um segundo golo do Estoril teria deixado a eliminatória mais em aberto, o que não faria de todo justiça ao que se passou.

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