O Dia da Marmota: Punxsutawney Phil anuncia mais seis semanas de Inverno

O mundo ri-se, os EUA também. Mas é uma tradição e não são poucos os que confiam nas previsões da mais famosa das marmotas, que até Hollywood tornou uma celebridade mundial.

Alan Freed/Reuters
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Quem não se lembra do "repórter" Bill Murray a viver o mesmo dia uma e outra vez, até à exaustão, no filme Groundhog Day (que seria em português precisamente O Dia da Marmota, mas que virou O Feitiço do Tempo, o que também não está mal de todo)? Um filme que em tempo de pandemia até voltou a dar que falar, menos pelo bicho e mais pelo conceito de, entre confinamentos e restrições, parecer que estamos todos a viver o mesmo dia uma e outra vez...

O certo é que, para além do minimal repetitivo como aprendizagem de vida, este clássico moderno da comédia ajudou a popularizar esta velha tradição da Pensilvânia norte-americana (e que também existe no Canadá): esperar a marmota sair da sua casa no dia 2 de Fevereiro e, caso ela veja a sua sombra (o que quer dizer que o dia está claro) e volte para dentro, então, já se sabe: são mais seis semanas de Inverno.

O momento tem tal importância que é acompanhado por todos os serviços noticiosos dos EUA. E (quase) a sério, como fingia tentar fazer o repórter Bill Murray do filme. Ora repare-se como a circunspecta Reuters noticia esta terça-feira o evento:

"A famosa marmota da Pensilvânia emergiu da sua toca na árvore na terça-feira e previu mais seis semanas de Inverno, exactamente quando o nordeste dos Estados Unidos se encontra coberto por um nevão pelo segundo dia". 

Não é todos os dias que uma agência noticiosa relata factualmente as conclusões de um meteorologista como a marmota Phil, convenhamos. É mesmo só uma vez por ano.

"Emergiu ao amanhecer, viu a sua sombra e decidiu esperar por mais seis semanas, disseram os seus guardadores". Facto.

"Agora, que me viro para ver, encontro a minha sombra perfeita. Mais seis semanas de Inverno", disse Jeff Lundy, presidente do Punxsutawney Groundhog Club, que é nem mais nem menos que o intérprete oficial da marmota.

A cerimónia, com mais de século e meio de história, não foi porém como noutros anos. Afinal, nada acontece em 2020/21 da mesma maneira que antes da pandemia. Habitualmente, são milhares as pessoas que ocorrem à cidade de Punxsutawney (a 121km de Pittsburgh), Pensilvânia, para assistirem ao evento e aos festejos relacionados. 

Medidas de segurança em acção, logo nada de multidões: os espectadores foram substituídos por recortes de papelão, uma espécie de "avatares".

Alan Freed/Reuters
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