Cristiano Ronaldo serve a Juventus num ofício diferente

O jogador português não marcou e não assistiu, mas participou na criação dos dois golos.

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O sorriso de frustração de Ronaldo em Génova Reuters/JENNIFER LORENZINI

Não foi preciso um grande Cristiano Ronaldo a finalizar ou uma tremenda exibição colectiva para a Juventus ser feliz neste sábado. A equipa de Turim visitou a Sampdoria e venceu por 0-1, em jogo da ronda 20 da Liga italiana. Com este resultado, a Juventus repôs em sete pontos a diferença para o líder do campeonato, o AC Milan, apesar de a equipa de Ronaldo ter menos um jogo realizado do que o rival milanês.

Falando em Ronaldo, o português foi um dos destaques da partida, não necessariamente por finalizar a preceito. Não fez um jogo particularmente bem conseguido naquele que é o seu “pelouro” habitual, mas, noutro ofício, foi essencial.

O português foi particularmente infeliz perto do intervalo, quando teve três momentos distintos de finalização, todos desperdiçados. Começou por rematar aos 39’, em boa posição, para defesa do guardião adversário. Um minuto depois, isolou-se e passou por Audero, mas o guardião obrigou Ronaldo a ficar com pouco ângulo de remate e o disparo saiu muito torto. Aos 42’, Ronaldo voltou a isolar-se, mas nem sequer pôde rematar – demorou a enquadrar-se e foi desarmado por um defensor.

Mas a Juventus nem precisou de maior eficácia do português. Aos 20’, Ronaldo e Morata criaram uma boa jogada e o espanhol permitiu a Chiesa finalizar sem dificuldade. Já aos 90+2’, Ronaldo foi novamente o inventor de uma jogada, desta feita para terminar com assistência de Cuadrado para Ramsey. Ronaldo não marcou e não assistiu, mas teve dedo nos dois golos da Juventus.

Com apenas seis remates à baliza (dois da Sampdoria e quatro da Juventus), a partida não foi das mais emocionantes de seguir, mas ainda teve um golo anulado a Morata e uma boa oportunidade perdida por Quagliarella.

Confortável num perigoso 0-1, a Juventus controlou tranquilamente com bola grande parte do segundo tempo, até Ramsey marcar nos descontos e “matar" o jogo. Postura arriscada, mas o triunfo compensou o risco. E vale três pontos como qualquer outro.

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