Sp. Braga apura-se sem goleada para as meias-finais da Taça

Minhotos foram muito superiores ao Santa Clara, ameaçaram um triunfo robusto (dois golos anulados) e acabaram por sofrer um golo na compensação.

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LUSA/HUGO DELGADO

Pela quarta vez nas últimas oito edições (e pela 18.ª vez no palmarés), o Sp. Braga apurou-se para as meias-finais da Taça de Portugal. Em casa, os minhotos foram francamente superiores ao Santa Clara, impuseram-se por 2-1 e estão agora a uma eliminatória de tentarem reeditar o título de 2015-16.

Com ambas as equipas dispostas em 3x4x2x1, foi o Sp. Braga quem rapidamente ganhou ascendente. Forte a explorar o espaço nas costas na linha média do Santa Clara (Sagna à direita e Mansur à esquerda) no momento da recuperação da bola, foi sempre perigoso quer nos movimentos interiores, quer a jogar à largura. E complicou (de que maneira) a saída de bola dos açorianos.

A superioridade minhota ganhou tradução no marcador aos 25’, fruto de uma excelente combinação com uma diagonal curta de Abel Ruiz: o espanhol, solicitado no espaço, assistiu na perfeição Ricardo Horta, para uma finalização na passada.

Nos seguintes minutos seguintes, deu-se uma substituição para cada lado: Lucas Piazón rendeu o lesionado Iuri Medeiros, Costinha deu o lugar a Ukra. Mas a tendência da partida manteve-se e, já depois de uma ameaça de Galeno, foi Abel Ruiz a assinar o 2-0. O extremo brasileiro inventou o desequilíbrio e fez uma assistência perfeita, aos 42’.

O apuramento do Sp. Braga parecia encaminhado ao intervalo, mas a equipa não tirou o pé do acelerador. Galeno, Fransérgio e Esgaio começaram por assustar André Ferreira, antes de Piazón (52’) e novamente Esgaio (56’) acertarem nos ferros da baliza açoriana. Foi uma pressão avassaladora que os visitantes só conseguiram sacudir ao fim do primeiro quarto de hora.

O Santa Clara já mudara, entretanto, de desenho táctico, com Daniel Ramos a trocar o central João Afonso pelo avançado Crysan. O brasileiro, de resto, protagonizou um dos escassos lances de perigo dos insulares, aos 65’, com um remate à malha lateral, mas foi uma espécie de excepção que confirmou a regra do domínio quase absoluto dos bracarenses.

Num ritmo um pouco mais baixo, com um par de substituições pelo meio (Paulinho entrou a um quarto de hora do fim), o Sp. Braga ainda viu um golo ser invalidado a Ricardo Horta, por fora-de-jogo, aos 80’. E aos 90+1’ o filme repetiu-se, com o 3-0, da autoria de Raúl Siva, a ser novamente inviabilizado apesar de a bola ter entrado na baliza.

Já em contagem decrescente, e depois da ameaça de goleada, foi o Santa Clara a atenuar os números da derrota, com Crysan (novamente ele) a finalizar com classe após cruzamento de Morita. Depois da surpresa provocada no arranque do campeonato, os açorianos voltavam a marcar na Pedreira.

Nada que tenha abalado a solidez do triunfo do Sp. Braga, porém. Depois da presença na final da Taça da Liga, que foi conquistada pelo Sporting, os minhotos estão a um passo (eliminatória a duas mãos) da segunda final da época.

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