O Benfica aceitou aquilo que lhe ofereceram

Sem Jorge Jesus no banco, “encarnados” seguem para as meias-finais da Taça de Portugal após triunfo sobre a Belenenses SAD. Estoril será o próximo adversário.

Jogadores do Benfica festejam um dos golos no jogo
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Jogadores do Benfica festejam um dos golos no jogo LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Rafa, um dos melhores do jogo LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Momento do jogo entre o Benfica e o Belenenses SAD LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Momento do jogo entre o Benfica e o Belenenses SAD LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Momento do jogo entre o Benfica e o Belenenses SAD LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Com Deus no comando (leia-se João de Deus, que fez as vezes de Jorge Jesus, a recuperar de uma infecção respiratória), o Benfica qualificou-se para as meias-finais da Taça de Portugal, ao vencer a Belenenses SAD por 3-0 na Luz, marcando encontro na próxima ronda com o líder da II Liga Estoril-Praia que já abateu três equipas da I Liga.

Foi um triunfo sem rasgo, mas com a serenidade suficiente para aproveitar as ofertas destes “azuis” do Jamor, sem a competência defensiva que tem mostrado esta época e sem qualquer apetência para atacar (o que não foi nenhuma surpresa).

A covid-19 ainda não largou o Benfica e Jorge Jesus - saber-se-ia após o fim da partida - é o mais recente caso e infecção com o novo coronavírus, mas o panorama clínico entre os jogadores já parece mais desanuviado, com um “onze” mais próximo da sua principal unidade. Curados da infecção, Gilberto, Vertonghen, Waldschmidt, Grimaldo e Gabriel entraram de início para este compromisso de Taça perante uma equipa cuja principal qualidade era defender.

As equipas de Petit, antigo médio dos “encarnados”, são sempre assim, agressivas e rigorosas, mas a esta falta-lhe o resto – pode ter a segunda melhor defesa do campeonato (12 golos sofridos), mas tem o pior ataque (apenas oito).

E até foi o Belenenses SAD a criar o primeiro lance de perigo no jogo, logo aos 12’, numa bola conquistada a meio-campo por Mateo Cassierra. O avançado colombiano conduziu a jogada até à área benfiquista, tinha vantagem em números e várias opções de passe, mas decidiu-se pelo remate fraco e Svilar, no seu segundo jogo consecutivo na baliza benfiquista, agarrou sem problemas.

Na resposta, o Benfica teve duas aproximações perigosas, um remate de Darwin aos 15’ defendido por André Moreira e uma tremenda cerimónia de Waldschmidt aos 19’ que permitiu o desarme de Tomás Ribeiro.

Os “azuis” pareciam ter as coisas controladas, deixando o Benfica muito tempo longe da sua baliza, mas foram completamente desastrados na forma como permitiram o 1-0. Aos 32’, André Moreira saiu-se bem a cortar um ataque do Benfica, mas sacudiu a bola para o corpo do seu colega Gonçalo Silva e esta fez ricochete na direcção de Darwin, que a encaminhou para o fundo da baliza.

É sempre um momento importante marcar um golo a uma equipa que só sabe defender e, a partir deste momento, não houve outra equipa em campo que não fosse o Benfica. E o 2-0 surgiu com toda a naturalidade do mundo poucos minutos depois, aos 36’. Canto marcado pelo lado direito, Jardel cabeceou para a pequena área e Rafa, quase dentro da baliza, só teve de encostar, com os centrais e o próprio guarda-redes completamente fora de posição.

Como que “infectado” pela personalidade de Jesus, João de Deus foi uma presença eléctrica e muito sonora a partir do banco, pedindo sempre todo o empenho apesar de o jogo estar completamente resolvido. E os jogadores fizeram-lhe a vontade aos 72’. Numa boa movimentação do ataque benfiquista (e uma paragem colectiva dos “azuis”), Rafa meteu a bola na área e, Cervi, vindo de trás, foi rápido a chegar e a marcar. Quando se diz que o argentino está de saída, este pode bem ter sido o seu último golo com a camisola do Benfica – e tudo indica que sim, que irá sair a meio da sua quinta época na Luz, a julgar pela forma emocionada como festejou.

Depois do 3-0, já não há mais nada para contar deste jogo. O Benfica ganhou, foi competente e segue para as “meias” e para um duplo confronto com uma equipa da II Liga que quer ser de Primeira. Antes disso, terá de ir a Alvalade na próxima segunda-feira defrontar o líder do campeonato Sporting. A viagem será curta, mas qualquer resultado que não seja a vitória manterá o Benfica longe da discussão.

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