França afasta Portugal da fase a eliminar do Mundial de andebol

A selecção nacional precisava de vencer os franceses, mas foi derrotada por 32-23 e fica afastada dos quartos-de-final.

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Era o jogo do “tudo ou nada” para Portugal no Campeonato do Mundo de andebol e quase tudo correu mal. Após realizar uma campanha quase perfeita, com quatro vitórias e uma derrota por um golo contra a Noruega, a selecção portuguesa entrou para a última jornada da ronda principal na luta com dois dos mais fortes candidatos ao título mundial (noruegueses e franceses), mas não conseguiu contrariar o favoritismo da França e perdeu de forma clara (32-23). Apesar de afastado dos quartos-de-final, Portugal ainda pode alcançar a melhor classificação de sempre na prova.

A cerca de uma hora de Portugal e França começarem a defrontar-se no Hassan Moustafa Sports Hall, em Gizé, chegou a notícia da vitória da Noruega frente à Islândia (35-33) que, na prática, pouco mudava para o lado português, mas impedia a qualificação imediata dos franceses.

Com o triunfo norueguês, Portugal continuava a depender só de si (uma vitória garantia o apuramento), enquanto a França tinha o lugar nos “quartos” garantido mesmo que perdesse por uma margem inferior a sete golos.

Com os mesmos 16 jogadores que tinham defrontado a Suíça (Gustavo Capdeville, Leonel Fernandes, Luís Frade e Diogo Silva ficaram de fora), a selecção portuguesa até entrou bem no jogo e, ao fim de cinco minutos, vencia a francesa, por 3-2.

Porém, a partir daí, o “sete” de Paulo Pereira começou a sentir dificuldade em jogar com os pivots no ataque e em travar Timothey N'Guessan: com cinco golos do lateral do Barcelona, a França colocou-se a vencer por 9-6.

Depois de reorganizar-se defensivamente para impedir os remates de nove metros dos franceses, Portugal voltou a equilibrar a partida e ainda colocou a diferença em apenas um golo (11-12), mas nos últimos minutos da primeira parte a selecção nacional voltou a fraquejar no ataque, permitindo uma incómoda diferença no final dos primeiros trinta minutos de quatro golos (12-16).

Obrigada a recuperar de uma desvantagem de cinco golos, a equipa nacional até conseguiu um parcial de 2-1 no recomeço da partida, mas Iturriza, um dos mais influentes jogadores portugueses foi excluído pela segunda vez logo no segundo minuto e, a partir daí, o jogo de Portugal desmoronou-se.

Com 16-22 no marcador, Paulo Pereira ainda solicitou um desconto de tempo e pediu aos seus jogadores de lutarem “até ao fim”, mas, com a França tranquila e a pressão toda do lado de Portugal, os erros sucederam-se e a diferença disparou para dez golos (17-27).

No final dos 60 minutos, o desnível de nove golos é um castigo muito pesado para a selecção nacional, que, tal como tinha acontecido há um ano, no Europeu em que alcançou o sexto lugar, voltou a mostrar qualidade para intrometer-se na elite do andebol mundial.

Para além de França e Noruega, também Hungria, Espanha, Dinamarca, Egipto e Suécia asseguraram o apuramento para os quartos-de-final.

Quanto a Portugal, pode alcançar o melhor registo de sempre na competição (12.º), mas a classificação portuguesa apenas será conhecida nesta segunda-feira, após ficar concluída ronda principal.

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