Portugal impõe-se à Suíça e mantém olhos nos “quartos” do Mundial

Selecção nacional venceu por 29-33 e ocupa um dos lugares de qualificação do Grupo III da competição.

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Portugal está mais perto de atingir os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de andebol, que decorre no Egipto. Nesta sexta-feira, a selecção nacional manteve o elevado nível exibicional que tem mostrado e bateu a Suíça, por 29-33, em Gizé, mantendo-se em posição de apuramento no Grupo III da ronda principal da prova.

Convidado de última hora para o Mundial, depois da desistência dos EUA forçada pelos casos de covid-19 na comitiva, a Suíça mostrou a qualidade que se lhe conhece. Com o central Andy Schmid à cabeça: aos 37 anos, mantém intactas as qualidades que o tornam num andebolista de topo e foi absolutamente imperial na finalização (esteve imaculado da linha dos sete metros e terminaria a partida com 11 golos).

Sem nunca ter estado em desvantagem ao longo do encontro, Portugal só não conseguiu afastar-se expressivamente no marcador por força da capacidade dos suíços de explorarem o corredor central. Fosse através da meia distância de Schmid ou das combinações com o pivot, Alen Milosevic, os helvéticos mantiveram-se sempre por perto.

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E se é verdade que Alfredo Quintana não foi determinante na baliza portuguesa, do lado contrário a eficácia do ataque nacional também fez o guarda-redes suíço passar despercebido. A elevação de André Gomes, a versatilidade de Miguel Martins e a capacidade de explorar o pivot, Victor Iturriza, foram os principais ingredientes em ataque organizado, que permitiram atingir o intervalo na frente, por 15-17.

Com as duas equipas a defenderem em 6x0, as dinâmicas mantiveram-se no segundo tempo, num jogo em que os pontas tiveram menos protagonismo do que tem sido habitual - António Areia e Diogo Branquinho dispuseram de pouquíssimas situações de finalização. De resto, num dos descontos de tempo, o seleccionador suíço insistiu em que a equipa atacasse pelo centro.

Foi também por essa via, de resto, que Portugal foi conservando o ascendente na partida. Especialmente porque Fábio Magalhães protagonizou uma entrada arrasadora em cena, com cinco dos seis primeiros golos nacionais no segundo tempo. Eram os efeitos da assinalável profundidade do plantel português.

Suíça eficaz no 7 para 6

Diante de uma Suíça sem tempo para se preparar devidamente para o torneio, esperava-se uma quebra física mais acentuada à medida que os minutos fossem passando. Até porque a rotação do sete utilizado foi muito menos ampla que a do adversário, o que implicava maior desgaste das peças nucleares.

E se Schmid foi aguentando a altíssimo nível, sempre decisivo, prolongando o quebra-cabeças para a defesa portuguesa, a estratégia de permanentes transições rápidas dos suíços acabou por provocar efeitos no derradeiro quarto de hora, com Portugal a aproveitar para se distanciar no marcador.

A débacle helvética parecia iminente, mas a opção por recorrer continuamente a um ataque com sete unidades, prescindindo do guarda-redes em momento ofensivo (solução que tão bons resultados tem dado a Portugal), acabou por dar frutos. E a quatro minutos do final a diferença era de apenas um golo (29-30).

A selecção orientada por Paulo Pereira era obrigada a um sprint decisivo para acabar com as dúvidas. Mais agressiva do ponto de vista defensivo, sem se deixar atrair tão facilmente para zonas cinzentas, foi construindo uma vantagem mais confortável até final. António Areia, Pedro Portela, Diogo Branquinho foram engrossando a lista de marcadores e a questão ficou resolvida com quatro golos de diferença.

Com seis pontos somados, Portugal ocupa um dos dois lugares de qualificação para os quartos-de-final da prova. Segue-se o encontro com a França, no domingo, sabendo-se que uma vitória coloca a selecção nacional na próxima fase, sem depender de terceiros. E os dois últimos embates com a poderosa equipa francesa permitem encarar o desafio com fundada confiança.

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