Nova greve climática global convocada para 19 de Março

O movimento global Fridays for Future, iniciado por Greta Thunberg, convocou uma nova greve pelo clima e exige o fim das “promessas vazias”.

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MIGUEL MANSO

A nossa casa continua em chamas. A 19 de Março, os jovens activistas voltam a exigir uma tomada de acção urgente por parte dos líderes mundiais, em resposta à emergência climática. Em Portugal, a Greve Climática Estudantil aguarda pela evolução da pandemia nas próximas semanas para decidir se a manifestação será nas ruas ou através das redes sociais. 

“A crise climática não é uma catástrofe distante. Ondas de calor, secas, inundações, furacões, deslizamentos de terra, desmatamentos, incêndios, perda de habitações e disseminação de doenças – é com isso que as pessoas e as áreas mais afectadas lidam”, diz, em comunicado, a Fridays for Future.

“Quando a tua casa está a arder não esperas mais 10, 20, ou 30 anos antes de chamar os bombeiros”, escreveu Greta Thunberg, na sua conta de Twitter, a 4 de Janeiro.

A próxima greve segue o lema lançado pela Fridays for Future: “Chega de promessas vazias”. “Conseguimos que a crise climática ficasse no centro da agenda política, mas as palavras não se traduziram em acções”, afirma Bianca Castro, activista na Greve Climática Estudantil.

O encerramento antecipado da central termoeléctrica de Sines, pela EDP, conseguido a 15 de Janeiro, era uma das reivindicações dos activistas portugueses, mas não o consideram uma vitória. “Não se preocuparam com os trabalhadores e agora existem centenas de pessoas à beira do desemprego. Não é nada disto que reivindicamos. Um dos nossos pilares é não deixar ninguém para trás.”

O que diferencia esta greve, diz Bianca, é a urgência, cada vez maior. “Começamos a fazer greves [em Portugal] há dois anos e a crise climática apenas se agravou, ao mesmo tempo que enfrentamos uma crise de saúde pública, crises sociopolíticas e socioeconómicas globais”, conclui.

Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Escola Secundária de Lousada Octávio Passos/Lusa
Escola Secundária de Lousada Octávio Passos/Lusa
Guarda Miguel Pereira da Silva/Lusa
Guarda Miguel Pereira da Silva/Lusa
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Politécnico de Lisboa Politécnico de Lisboa/Instagram
Politécnico de Lisboa Politécnico de Lisboa/Instagram
Politécnico de Lisboa Politécnico de Lisboa/Instagram
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Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
Lisboa Daniel Rocha
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Guimarães Nuno Rafael Gomes
Guimarães Nuno Rafael Gomes
Porto Teresa Pacheco Miranda
Porto Teresa Pacheco Miranda
Porto Teresa Pacheco Miranda
Braga @ttduty/Instagram
Leiria @dsubtilfialho/Twitter
Leiria @dsubtilfialho/Twitter
Covilhã @EsquerdaNet/Twitter
Portalegre @greveclimatica_portalegre/Instagram
Lisboa Gonçalo Franco
Braga Hugo Delgado/Lusa
Braga Hugo Delgado/Lusa
Porto Inês Trovisco
Porto P3
Albufeira Miguel Almeida
Porto Nelson Garrido
Porto Nelson Garrido
Porto Nelson Garrido
Porto @igordeaboim/Instagram
Portimão, Algarve @analitaalvesdossantos/Instagram
Braga Rafael Lomba
Braga Rafael Lomba
Braga Rafael Lomba
Braga Rafael Lomba
Porto Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto
Bragança Ana Pedrosa
Lisboa Rita Neves
Lisboa Nayem Hasan
Lisboa Nayem Hasan
Lisboa Margarita Cardoso de Meneses
Lisboa Ana Penha
Lisboa Ana Penha
Matosinhos Emília Pinto
Matosinhos Emília Pinto
Lisboa Bordalo II/Instagram
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Lisboa Daniel Rocha

Bianca Castro uniu-se à Greve Climática ainda antes da primeira manifestação em Portugal, em Março de 2019. Alentejana, mudou-se para Lisboa para estudar Física e Representação, dois cursos em simultâneo, mas ainda encontra tempo para o activismo pelo clima.

Envolveu-se cada vez mais no movimento Fridays for Future, a nível internacional, e mantém contacto com activistas nos vários cantos do mundo. “Em Portugal somos muito privilegiados, mas há sítios em que é terrível. Tenho uma amiga nas Filipinas, activista, que acorda todos os dias com o quarto inundado. A crise climática não é um problema para amanhã, é um problema de hoje.”

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