Venda de automóveis com queda “sem precedentes” na UE. Portugal destaca-se

Portugal foi o terceiro país da UE com a descida mais acentuada

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Miguel Manso

A venda de automóveis na Europa registou uma queda “sem precedentes” em 2020, um ano marcado pela pandemia de covid-19, caindo para menos de dez milhões de veículos, anunciou esta terça-feira a associação de fabricantes europeus do sector. Portugal foi o terceiro país da UE com a descida mais acentuada.

O mercado de automóveis de passageiros da UE contraiu-se 23,7% para 9.942.509, menos três milhões do que em 2019, apontou a Associação Europeia de Fabricantes Automóveis (ACEA, na sigla em inglês), que destaca que esta é a queda mais acentuada desde que os registos começaram a ser feitos em 1990.

“As medidas tomadas contra a pandemia – incluindo a contenção rigorosa e outras restrições ao longo do ano – tiveram um impacto sem precedentes nas vendas de automóveis na União Europeia”, lê-se na mesma nota. No entanto, após uma Primavera desastrosa e vários meses de altos e baixos, Dezembro foi um dos melhores meses do ano, com uma queda de apenas 3,3%.

Ao longo do ano, “todos os 27 mercados da União Europeia registaram quedas de dois dígitos”, mostram os números da ACEA, que revelam ainda que Portugal foi um dos países da UE com uma quebra mais acentuada das vendas. A variação negativa a Portugal chegou aos 35%, valor apenas ultrapassado pelos 42,8% da Croácia e os 36,8% da Bulgária.

Entre os maiores mercados, a Espanha registou a maior queda (variação de -32,3% nas vendas), seguida pela Itália (-27,9%), França (-25,5%), Polónia (-22,9%) e Bélgica (-21,5%). Também a Alemanha, o maior mercado da Europa, teve uma quebra de vendas (-19,1%), tal como os Países Baixos (-19,5%). No Reino Unido, agora separado da União Europeia pelo Brexit, as vendas caíram 29,4%, de acordo com a ACEA.

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