Exportações animam investidores na Alemanha

Confiança dos investidores na maior economia europeia subiu em Janeiro. Expectativa de melhoria das exportações está a compensar cenário de confinamento apertado a que se assiste neste momento no país

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Reuters/MICHELE TANTUSSI

Apesar de estarem em vigor no país medidas de confinamento apertado que se podem prolongar até meados de Fevereiro, a confiança dos investidores na Alemanha registou uma subida maior que o previsto, graças à melhoria das expectativas em relação às exportações.

O índice de confiança dos investidores na Alemanha publicado pelo instituto ZEW subiu, durante o mês de Janeiro, de 55 para 61,8 pontos. Os analistas consultados pela agência Reuters antes da divulgação deste indicador previam em média uma subida um pouco mais moderada, para 60 pontos.

“Apesar da incerteza relativamente ao rumo do confinamento, o cenário para a economia alemã melhorou ligeiramente”, afirmou, num comunicado, o presidente do instituto Zew, Achim Wambach.

Na Alemanha está actualmente em vigor um confinamento apertado no comércio e nas escolas, aplicado no final do ano passado e que poderá, de acordo com as informações que têm vindo a ser divulgadas pelos órgãos de comunicação social alemães, vir a ser prolongado até meados de Fevereiro. A líder do governo federal, Angela Merkel encontra-se neste momento a discutir essa possibilidade com os governos regionais.

Nesta conjuntura, aquilo que está a melhorar a confiança dos investidores é a evolução das expectativas relativamente às exportações, que “aumentaram significativamente”, de acordo com o Zew.

A economia alemã já foi, em 2020, uma das que melhor resistiram ao efeito da pandemia na União Europeia. O PIB registou, no total do ano, uma queda de 5%, um resultado que é menos negativo do que o verificado no auge da crise financeira internacional, em 2009. A contribuir para este desempenho está o facto de a Alemanha, aproveitando o nível de dívida pública relativamente baixo que tinha à partida para a crise, ter sido o país da zona euro em que o Estado mais gastou em medidas de apoio financeiro às empresas e famílias e de estímulo à economia.

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