Sp. Braga “indignado” com falsos positivos de covid-19 no Sporting

Minhotos alertam para o risco de as competições serem “feridas de morte”.

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António Salvador, presidente do Sp. Braga LUSA/HUGO DELGADO

Às críticas ferozes dirigidas pelo FC Porto ao Sporting, junta-se agora a indignação do Sp. Braga. O clube minhoto contesta os dois casos de “falsos positivos” por covid-19 revelados pelos “leões”, apela ao cumprimento escrupuloso das normas e alerta para o risco de as competições serem “feridas de morte”. 

Recordando que o plantel tem sido também severamente afectado pela covid-19, a direcção do Sp. Braga, liderada por António Salvador, sublinha que tomou todas as medidas exigidas pelas autoridades de saúde e que só voltou a integrar os jogadores infectados nos treinos “no momento em que testaram negativo à covid-19, alguns dos casos bem depois dos 10 dias exigidos por lei”.

“As regras são explícitas e, julgávamos nós, tinham sido elaboradas com a obrigatoriedade de todos os clubes as cumprirem. Qual não é a nossa surpresa quando ontem, ao final da tarde, somos confrontados com dois ‘falsos positivos’ por parte do Sporting, alegando um putativo erro do laboratório de análises (entretanto desmentido ao jornal O Jogo pelo director clínico da UNILABS, Maia Gonçalves)”, adianta o clube, em comunicado.

“O SC Braga mostra-se profundamente indignado pela intenção do Sporting em ter um tratamento de excepção neste contexto pandémico, não só face ao protocolo vigente a nível da Liga profissional de futebol, como no que diz respeito à sociedade em geral. Iremos estar particularmente atentos à decisão soberana das autoridades locais de saúde, confiando que se mantenha o cumprimento escrupuloso das normas vigentes”, acrescenta.

Os minhotos, de resto, insistem num tratamento igualitário e alertam que “o não cumprimento do protocolo (aceite por todos os clubes na altura da retoma) irá, certamente, provocar um cenário anárquico, caótico e disruptivo no futebol português, havendo, inclusivamente, o sério risco de todas as competições profissionais serem feridas de morte ao ponto de não se concluírem”.

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